Lideranças da terra indígena Patauá, situada no município de Autazes, à 113 quilômetros de Manaus, denunciam a constante ameaças feitas por fazendeiros da região contra os indígenas.
A terra foi homologada em 2003, no entanto, está cercada por fazendas.
De acordo com os índios, um fazendeiro da região faz constante ameaças à comunidade. Ele teria chegado a trancar o portão que da acesso à aldeia, e ameaçado de morte quem quebrasse o cadeado.
Uma senhora residente na comunidade, Mariuza Machado da Silva, teve sua casa invadida duas vezes pelo fazendeiro. Em junho, ele fez ameaças contra Anderson da Encarnação Moreno, pelo fato deste ter pescado em um lago entre a terra indígena e a fazenda.
No último dia 5, a ameça foi contra Euvileno Machado da Silva. O motivo foi porque o jovem quebrou o cadeado colocado no portão à mando do fazendeiro.
Já na terra indígena Muritinga, um fazendeiro e seu filho, que é vereador de Autazes, agrediram dois homens que moram na localidade, o vereador chegou a sacar um punhal, tendo sido contido.
Os casos em questão não são acontecimentos isolados. Trata-se do avanço da violência contra os povos indígenas, os trabalhadores sem-terras, e demais setores do campo em todo o país. Essa violência têm como causa o avanço da extrema-direita, ou seja, o aprofundamento do golpe de estado após as eleições fraudulentas de Jair Bolsonaro.
É urgente a organização dos comitês de autodefesa em todas as comunidades indígenas. É necessário também mobilizar a população de maneira geral pela derrubada do governo golpista.