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Indícios revelam que extermínio de opositores pode ser política antiga da família Bolsonaro

Na tarde de quinta (14), mais uma revelação feita pela polícia civil, dá indícios de que a política de extermínio, que matou a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, pode ser uma prática tradicional da família Bolsonaro.

Em julho de 2017, o então deputado estadual, Flávio Bolsonaro entrou com uma representação no ministério público do RJ, contra o professor de sociologia Pedro Mara, acusando-o de apologia às drogas em função de uma tatuagem da folha da cannabis que ele possui no braço.

Segundo o fascista, Flávio Bolsonaro, a tatuagem de uma folha de maconha serviria de forma de incentivo aos alunos a usarem a droga.

Pedro Mara, um professor militante de esquerda, engajado em questões sociais e educacionais, havia sido eleito para o cargo de diretor da escola estadual na qual lecionava, com grande maioria dos votos da comunidade escolar – o que revela o respeito e a admiração de seus alunos, pais e colegas de trabalho professores e servidores técnicos da escola.

Após a malfadada e patética denúncia, Mara fez um vídeo para o Facebook, no qual responde às acusações do atual senador Flávio Bolsonaro, fazendo-o lembrar que dias antes, mais de 90 policiais militares de batalhões do Rio de Janeiro haviam sido presos, justamente por tráfico e associação ao tráfico de drogas.

Mas qual a relação entre o professor Pedro Mara e o assassinato brutal de Marielle Franco?

Na manhã de terça (12), o ex-PM e miliciano Ronnie Lessa foi preso pela polícia civil, em uma casa no mesmo condomínio onde mora Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, acusado de ser o assassino de Marielle.

Na casa de Lessa, a polícia apreendeu celulares e computadores, que após serem examinados pela perícia, revelaram que em 2017, o miliciano fez pesquisas detalhadas na internet, sobre a rotina do professor Pedro Mara.

Essas pesquisas foram feitas dias após o professor publicar o vídeo no Facebook que ridicularizou o comentário de Flávio Bolsonaro.

Além de pesquisar sobre a rotina de Pedro Mara, a polícia civil, também descobriu que Lessa teria feito pesquisas sobre o deputado estadual do PSOL, Marcelo Freixo, a vereadora Marielle Franco e sobre o General Braga Neto, então colocado pelo golpista Michel Temer, a pedido do igualmente golpista governador Pezão, como interventor na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro.

Essas informações revelam que a política de matar opositores políticos pode ser mais antiga do que imaginamos.

Levanta a suspeita de que crimes políticos, como o que aconteceu com Marielle, pode ser uma prática do grupo, que não viria à tona por não se tratar de pessoas com a mesma visibilidade da vereadora.

Procurado pelo jornal apoiador do golpe de Estado e principal veículo de imprensa da burguesia, “O Globo”, Pedro Mara afirmou:

“— Ronnie Lessa parece ser um profissional do crime e aparenta ter dificuldade de lidar com o divergente, com o contraditório. O meu medo é que ando muito em áreas de milícia por conta do local onde dou aula. Fico com receio. Vou procurar a Delegacia de Homicídios para ter acesso ao relatório na íntegra e a Anistia Internacional para saber se há alguma providência a ser tomada”.

Esses indícios de que o próprio Presidente da República está ligado a grupos de extermínio é preocupante. Não podemos aceitar a política de intimidação que a extrema direita vem impondo à população. Mais do que nunca as palavras de ordem “Fora Bolsonaro” e “Liberdade Para Lula” devem fazer parte de todas as manifestações populares, por representarem questões centrais na luta política contra o regime golpista, contra a extrema direita fascista que assaltou o poder e contra a burguesia lacaia das vontades do imperialismo norte americano.

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