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Quebra de patentes já!

Índia pode ter chegado a 1 milhão de mortes, dizem especialistas

Dr. Murad Banaji, professor da Middlesex University, afirma que a cada 5 mortes, apenas 1 é registrada.

Em dados oficiais, a Índia conta hoje com aproximadamente 23.5 milhões de casos e 257 mil mortes por coronavírus. Esse último número, entretanto, pode já ter passado de 1 milhão.

O Dr. Murad Banaji, professor da Middlesex University, afirma que 80% das mortes na Índia não foram contabilizadas  e que, a cada 5 mortes, apenas 1 é registrada. Esses dados levam a concluir que a Índia já ultrapassou a marca de um milhão de mortos.

Apesar de ter recentemente quebrado o recorde de mais de 4 mil mortes diárias, Banaji afirma que esse número pode ser ainda maior devido à falta de testes. Ele afirma que essa população não registrada não teve acesso a testes ou médicos.

Apesar do governo indiano afirmar que 86% das mortes foram registradas, apenas 22% têm comprovação médica — os estados de Uttar Pradesh e Bihar, por exemplo, têm 5% e 2,4% das mortes por coronavírus com comprovação médica, respectivamente.

Um exemplo grotesco da subnotificação dos números de coronavírus ocorreu em Bhopal, uma cidade central da Índia. Durante os dias 11 e 24 de abril, nada mais que 10 mortes por coronavírus foram registradas em apenas um dia. Apesar disso, os dados registrados em um crematório da cidade afirmavam que o número de corpos que chegaram durante esse período variou de 34 a 100 por dia.

Com uma população de 1.366 bilhão de pessoas, a Índia está entre os países que sofrem com a falta de vacinas. Uma promessa feita pelo governo em dezembro de 2020 afirmava que até julho de 2021 cerca de 300 milhões dos indianos mais vulneráveis estariam vacinados. Apesar disso, atualmente apenas 9,7% da população recebeu a primeira dose de alguma vacina, enquanto apenas 2,4% receberam as duas doses.

Os países atrasados que contam com um certo desenvolvimento industrial estão sofrendo cada vez mais com a pandemia, isso porque abrigam grandes cidades e populações que, por sua vez, têm tendências a gerarem grandes aglomerações diariamente. Somado a isso ocorre a falta de estrutura, profissionais da saúde, equipamentos de proteção, além das crescentes taxas de fome, miséria e desemprego.

Como se isso não bastasse, o imperialismo e as grandes empresas atacam constantemente esses países. Um exemplo recente foi a decisão tomada pela farmacêutica estadunidense, a Pfizer, de aumentar o preço da mesma quantidade de vacinas (100 milhões de doses), já adquirida uma vez, em 1 bilhão de reais nas negociações com o Brasil. A Pfizer não especificou nenhum motivo para essa decisão, ou seja, a empresa corre atrás do lucro cada vez maior, não importa quantos milhões de seres humanos tenham que morrer para que isso ocorra.

Atualmente o Brasil conta com mais de 15 milhões de casos e 425 mil mortes. Esses números, assim como na Índia, são claramente subnotificados e não se tem nenhum tipo de noção de qual é a dimensão real da pandemia no país. 

Alguns especialistas já afirmaram que os números seriam 10, 15 ou até 20 vezes maiores. O fato é que qualquer perspectiva de melhoramento é jogada no fogo ao olharmos o cenário atual. O vírus se espalha rapidamente e variantes surgem cada vez mais rápido, sendo essas por vezes mais letais e/ou ainda mais contagiosas. As vacinas estão em falta, sobretudo nos países pobres, que são obrigados a engolirem as vacinas dos monopólios imperialistas independente de seus preços e eficácias. No Brasil isso é visto com a proibição da vacina Sputnik V, desenvolvida pela Rússia e com uma das maiores eficácias entre as opções de vacinas. Em contraposição, muitos brasileiros estão sendo vacinados com a AstraZeneca, vacina do monopólio capitalista de mesmo nome que já foi proibida em diversos países por causar efeitos colaterais fortes.

Todos os elementos já citados fazem com que o problema se agrave em cada um dos países oprimidos pelo imperialismo. O que está acontecendo na Índia também está acontecendo no Brasil e a tendência à piora é cada vez maior.

Uma das medidas fundamentais que precisa ser defendida é a quebra das patentes das vacinas. Os grandes monopólios inventam mil e uma desculpas para justificar a proteção das patentes, mas a verdade é apenas uma: tal atitude retiraria os preciosos lucros — conseguidos às custas do sofrimento e da morte da população — de seus bolsos. 

A quebra de patentes possibilita a produção em massa de vacinas pelos laboratórios, que seriam destinadas à imunização da população. Além disso, é necessário fazer a testagem em massa da população, além de providenciar as devidas medidas protetivas e o auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo para os trabalhadores.

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