Da redação – O primeiro-ministro de extrema-direita da Índia, Narendra Modi negou a notícia de que estavam considerando a extensão do lockdown (quarentena) do coronavírus para além de 14 de abril.
Nova Déli (capital da Índia) negou que estejam considerando aumentar o período de reclusão da população para além dos 21 dias, com receios de que um êxodo maciço de migrantes esteja fadado a minar o efeito da medida.
A Índia está em um estado de completa reclusão desde 25 de março, depois que o governo anunciou amplas restrições ao movimento e ordenou que todo o comércio não essencial fosse encerrado.
O transporte público parou com força, com a maioria dos estados proibindo linhas de ônibus interestaduais, linhas ferroviárias e, em alguns casos, transporte privado, incluindo ônibus e auto-riquixás. Embora a medida tentasse esvaziar as ruas das pessoas, a medida saiu pela culatra, pois viu milhares de trabalhadores migrantes partindo em uma longa jornada para casa, incluindo a pé.
A visão de dezenas de trabalhadores, agora desempregados, perambulando pelas ruas sem muito dinheiro ou comida, despertou preocupações de que a quarentena não seja tão eficaz e levou as autoridades a fornecer ônibus para os migrantes retidos para levá-los para casa.
Embora haja especulações de que a Índia possa estender a reclusão, o secretário do Gabinete Rajiv Gauba ignorou-os como notícias falsas na segunda-feira.
“Estou surpreso ao ver esses relatórios, não existe um plano de estender a quarentena”, disse Gauba, respondendo a um relatório da Print, citando três autoridades anônimas.
Desde o início do surto, registrou 1.171 casos de coronavírus na segunda-feira, incluindo 30 mortes. Quase 100 pessoas se recuperaram.
Assim como no caso do presidente fascista Jair Bolsonaro, o governo direitista indiano também quer acabar com a quarentena do povo às custas de sua saúde.
A Índia é a segunda maior população do planeta (1,3 bilhão) e vai ficar com o povo na rua exposto ao coronavírus porque a burguesia não possui plano para conter a crise da epidemia e só está preocupada em encher os bolsos dos capitalistas, mesmo que isto custe a vida da população.