Na última segunda-feira (15), um incêndio de enormes proporções atingiu a Catedral de Notre-Dame, em Paris (França). A catedral foi construída entre os séculos XII e XIV e é uma das principais referências da arquitetura gótica. Antes do incêndio, a catedral recebia mais de 30 mil visitantes por dia.
Como toda catástrofe, o incêndio na Catedral de Notre-Dame não é um mero acidente, mas sim o resultado da política impulsionada pelos capitalistas. Em governos francamente direitistas, como o de Jair Bolsonaro, no Brasil, o de Emmanuel Macron, na França, e o de Mauricio Macri, na Argentina, todo o patrimônio nacional deve ser submetido única e exclusivamente aos interesses dos bancos.
A ofensiva que os governos direitistas estão levando contra os direitos trabalhistas é a mesma que destruiu a Catedral de Notre-Dame, o Museu Nacional do Rio de Janeiro e a cidade de Brumadinho. A sabotagem à Cultura e à História de sua própria população é praticada inescrupulosamente pelos inimigos do povo, isto é, os capitalistas e seus políticos capachos.
O caso de Notre-Dame é ainda mais abertamente escandaloso porque, além de a catedral ter sido destruída pela política dos bancos europeus, o incêndio está sendo visto como uma oportunidade de negócios pelos bilionários que possuem relações com o governo francês.
A própria imprensa burguesa vem divulgando que capitalistas de todo o mundo, junto com o governo Macron, prometeram “ajudar” a reconstrução de Notre-Dame. Trata-se, obviamente, de uma mentira descarada, pois foram estes justamente os responsáveis pela destruição da catedral. Aparecer na imprensa oferecendo “ajuda” não passa de demagogia, de uma tentativa de limpar a desgastada imagem perante a população.
Além da demagogia, os empresários por trás da “reconstrução” de Notre-Dame irão, conforme esperado, exigir contrapartidas ao governo francês – em outras palavras, a autorização para explorar livremente o patrimônio do povo francês.