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Pandemia dispara inadimplência

Inadimplência de pessoa física dispara durante a pandemia

Eram favas contadas, o que já não estava bom antes da pandemia, agora está muito pior. Foi assim que em fevereiro deste ano, 71,7% das famílias de Belo Horizonte estavam endividada

Era mesmo muito previsível que a pandemia faria a inadimplência disparar. Para se ter uma ideia em fevereiro, 28,1% das famílias tinham contas em atraso, em maio, o percentual subiu para 37,8%, segundo pesquisa da Fecomércio.

Eram favas contadas, o que já não estava bom antes da pandemia, agora está muito pior. Foi assim que em fevereiro deste ano, 71,7% das famílias de Belo Horizonte estavam endividadas. Numa escalada, em maio, esse percentual subiu para 78,3%. E, se desse total, 9,8% não tinham condições de pagar as contas, agora essa é a realidade para 15,4% dos consumidores que têm alguma pendência financeira que não será saldada antes de 30 dias.

Os dados são seguros e mensuráveis facilmente, a pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG). Dessa forma, em fevereiro, 28,1% dos belo-horizontinos estavam inadimplentes, ou seja, com alguma conta em atraso. Em maio, o volume saltou para 37,8%. A cada dez pessoas que não conseguem quitar suas dívidas em dia, quatro (41,1%) estão com contas atrasadas há mais de 90 dias.

A avaliação é da  economista da Fecomércio-MG, Bárbara Guimarães. “Estamos diante de um momento atípico, no qual ainda não conseguimos mensurar todos os impactos. A elevação da inadimplência aponta a dificuldade em conseguir honrar com os compromissos financeiros, uma consequência dos efeitos da paralisação das atividades econômicas e do aumento do desemprego na capital mineira”.

Para alguns analistas que esperavam um bom desenvolvimento no ano com adimplências medidas de forma favorável, veio a decepção. O professor de gestão e finanças da UNA, Cleyton Izidoro, destaca que 2020 tinha tudo para ser um ano bom, pois a taxa das pessoas que não conseguiam pagar suas dívidas estava em queda. “Em janeiro, ela estava em 10,5%, caiu para 9,8% em fevereiro e, a partir de março, começou a subir. É um reflexo da situação, pois, com mais empresas fechadas e menos gente trabalhando, cai o fluxo de dinheiro e, por mais que o governo tenha anunciado medidas para ajudar, elas não foram suficientes para acelerar o mercado”, avalia.

A amostragem da pesquisa é significativa. O estudo ouviu mil famílias e considerou como endividadas aquelas que possuem compromissos como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoais, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros. Entre essas dívidas, a mais comum é a do cartão, indicada por 84% dos endividados.

Foi o que apontou Izidoro, “As famílias usaram muito o cartão de credito para compras de casa, mas elas precisam ficar muito atentas, pois os juros são extremamente elevados, acima de 260%. Com isso, começa o descontrole e já era”.

Era de se esperar que, principalmente, entre aqueles de menor é a renda, maior seria o peso do impacto, principalmente os que recebem auxílio do governo. Segundo levantamento da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), entre as famílias que ganham mais de dez salários mínimos por mês, 50,5% estão com contas atrasadas. Já entre aquele que ganham menos de dez salários, esse percentual é de 34,6%. Verdade é que o capitalismo já deu mostras de sua senilidade e insiste em caminhar trôpego sobre a terra.

 

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