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US$3 bilhões em uma tarde!

Imprensa menospreza a desvalorização do real e o pibinho de Bolsonaro

Destruição econômica e rapina financeira atingem proporções inimagináveis sob o governo Bolsonaro. Imprensa supostamente crítica ao regime fala em "swap cambial"

Seguindo a política de colocar Bolsonaro na linha, os três principais porta vozes da burguesia, O Globo, Folha de S. Paulo e Estadão tem adotado em seus editoriais posições muito similares nas críticas feitas à indefensável condução da economia, tendo contudo o cuidado de não fazer mais do que um leve puxão de orelha.

Sobre a forte desvalorização do real frente ao dólar nesta quinta feira, 05 de março, nem uma linha sequer minimamente parecida com a campanha de terror que anunciava a ultrapassagem da “barreira psicológica” dos R$2,90 em março de 2015. Para o Globo, excesso de transparência teria atrapalhado tentativa de evitar disparada da moeda norte americana por parte do governo, que anunciou na quarta-feira a realização de intervenções eufemisticamente chamadas “swap cambial”, onde o governo interfere nas operações de compra e venda da moeda para mantê-la em um determinado valor. Com isso, os especuladores teriam se aproveitado do “ingênuo” Banco Central de Bolsonaro para forçar uma queda de braço que custou ao povo brasileiro de US$3 bilhões em um único dia. Um dos “especialistas” entrevistados pelo jornal carioca aconselhou o governo a fazer leilões “com volume maior de dólar”, enquanto outro afirma que sem a intervenção “o cenário de pressão sobre o real poderia ser ainda maior.” Detalhe interessante é que o custo desse “swap cambial” foi negligentemente esquecido pelo Globo.

Muita besteira”

Estadão e Folha, que fazem um esforço maior para parecerem sérios, até lembram quanto custou a brincadeira do governo com os banqueiros, mas nem de longe se animam a dar mais do que explicações aparentemente técnicas a respeito do conjunto da obra. Bolsonarista desde 1964, o Estadão abre sua reportagem anunciando que o “dólar desacelerou o ritmo de alta”, para depois reproduzir um declaração estúpida no nível da pura escatologia feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que a exemplo de seus pares “imprecionantes” declarou: “não tem nada de errado, a flutuação do câmbio está num nível mais alto.” Nenhum questionamento a respeito desse verdadeiro atentado intelectual pelos outrora implacáveis críticos do governo da presidenta derrubada Dilma Rousseff, a declaração (que poderia ter sido dada pelo palhaço escalado na quarta feira para responder aos jornalistas sobre o “pibinho”) simplesmente foi publicada tal como foi cometida.

Tida como bolchevique pela extrema direita, a Folha também se limitou a reproduzir falas loucas de Guedes alertando que “se o presidente pedir para sair, se todo mundo pedir para sair”, o dólar pode chegar a R$5,00. Ao contrário do terrorismo feito durante a campanha pela derrubada do governo petista, quando manipulações eram realizadas para produzir porcentagens estratosféricas que minassem o governo, com Bolsonaro, de 30 de dezembro a 05 de março “o dólar ficou R$ 0,64 mais caro”. A matéria ainda acusa a redução da Selic, o juro americano e o coronavírus como fatores “relacionados” com explosão do dólar. Deus e o mundo, tudo e todos, menos a política econômica do governo.

Essa linha da Folha, por sinal, coincide com a coluna de Merval Pereira. Para a “voz de deus”, “talvez” por causa das piadas de Bolsonaro sobre o “pibinho”, o país enfrenta uma crise econômica grave, ocasionadas porque o facista estaria “deixando de lado seu viés liberal”, o que precisaria ser combatido por mais reformas. Mencionando um duvidoso indicador de êxito econômico que faria do Chile um exemplo a ser seguido, Pereira exime a política imposta pela classe burguesa e atribui à catástrofe uma relação subjetiva, como se o estranho senso de humor fosse o responsável pela destruição e a rapina provocada pelo neoliberalismo imposto por meio de um golpe de Estado. Vale tudo para isentar a burguesia.

Se Mensalão e Petrolão foram usados para colar no PT a marca de “corruptos”, o que não faria a imprensa capitalista se em uma única tarde, Lula ou Dilma roubassem da população quase R$14 bilhões para dar aos tubarões do capitalismo?

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