Imprensa burguesa

Imprensa manipula situação do COVID-19 na Coreia do Norte

Mais uma vez, imperialismo ataca Coreia do Norte por meio de uma campanha da calûnias ferrenha contra o país.

Ao longo dos anos, a imprensa burguesa, inteiramente aliada aos interesses do imperialismo, tem desenvolvido sua manipulação de maneira genuinamente perversa. Em geral, a informação é enviesada de forma a garantir com que o fato relatado seja neutro – quando não existe muita escolha – e, na maioria dos casos, tendencioso para o lado da política imperialista. Todavia, não existe situação na qual essa falsificação se manifesta de forma mais evidente do que quando se fala da Coreia do Norte e do regime de Kim Jong-un.

Antes de qualquer coisa, é preciso entender que existe um forte precedente que sustenta as desconfianças sobre a imprensa burguesa no que diz respeito a seu tratamento com a Coreia do Norte. O fato é que, desde a Guerra da Coreia, a relação que o país tem com o resto do mundo – a porção imperialista, pelo menos – é, no mínimo, tensa. Por representar uma força oposta ao imperialismo sobre os demais países atrasados, significa, também, uma ameaça ao regime das grandes potências. Nesse sentido, é alvo de uma constante campanha de calúnias para desestabilizar o regime, sem contar nas inúmeras sanções econômicas unilaterais impostas sobre o governo norte-coreano, prejudicando sua economia de forma considerável.

Com a pandemia do coronavírus, inaugurou-se um novo jogo dentro do circo de horrores do imperialismo: qual país que se opõe à nossa política está mentindo sobre os dados relativos à doença? Logo no começo, diversas nações já participaram da jogatina e foram acusadas de farsa, incluindo Cuba e Venezuela que, até agora, têm sido um exemplo para o resto do mundo.

Recentemente, a República Popular Democrática da Coreia foi incriminada, mais uma vez, pela imprensa burguesa devido a seu exímio controle sobre a doença. Em uma matéria publicada pela DW intitulada, de forma enganosamente imparcial, “A misteriosa ausência da covid-19 na Coreia do Norte”, o país é fortemente acusado de manipular absolutamente todos os dados relativos à saúde pública nacional. À reportagem, Choi Jung Hun, médico desertor, relata que, quando atuava lá, precisava providenciar seus próprios materiais. Ademais, emite declarações verdadeiramente grotescas acerca da situação do país, como se fosse, de fato, uma criança no maternal xingando seus colegas.

Vale citar as seguintes colocações que, de uma forma dramática, procuram caluniar a administração de Kim sobre seu país:

Claro que pessoas morreram de coronavírus na Coreia do Norte. Não é nada incomum morrer em decorrência de um vírus na Coreia do Norte, mesmo de alguns que não matam em outras partes do mundo. A Coreia do Norte é um museu de vírus.

Para desmascararmos a falácia contida na íntegra da matéria, é necessário analisarmos as únicas fontes pelas quais a imprensa denuncia o país asiático.

Primeiramente, a principal fonte da matéria é, como de praxe, um desertor. A farsa dos infames desertores norte-coreanos já é conhecida. É sempre a mesma história: uma pessoa ou um grupo de pessoas foge do país e, em seguida, denuncia verdadeiras atrocidades cometidas pelo regime de Kim contra os direitos humanos. Além do caráter verdadeiramente esdrúxulo que as denúncias feitas retém, as anedotas propagadas pela imprensa capitalista já foram desmascaradas em diversas ocasiões. Acima disso, encontra-se o fato de que a maioria dos programas que auxiliam esses supostos desertores e financiam sua divulgação é feito por organizações diretamente ligadas aos Estados Unidos. À título de exemplo, a própria NED (National Endowment for Democracy), criada pelo governo estadunidense para financiar sua política imperialista fora do país, é uma das maiores contribuintes desses projetos. Nesse sentido, chega a ser cômico confiar na palavra de um mero desertor quando a própria Organização Mundial da Saúde já declarou que a Coreia do Norte não possui casos confirmados.

O ponto é que a Coreia do Norte tem feito uma ampla campanha pela prevenção do coronavírus, tanto pela higienização e desinfecção de locais, quanto pelo fornecimento de máscaras, atendimento médico gratuito e uma quarentena digna e verdadeiramente eficaz. O sistema de saúde norte-coreano é completamente estatizado, demonstrando, mais uma vez, que o Estado quando controlado pelos trabalhadores é muito mais eficiente nos cuidados da população do que quando ele está subjugado aos interesses da burguesia imperialista.

 

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