Não se encontra limite para a desfaçatez da imprensa capitalista; golpista. O jorna, golpista, Zero Hora, do Rio Grande de Sul, um dos apoiadores da subida da extrema-direita ao poder, junto com toda a imprensa capitalista, que por extensão, dentre outras coisas, é inimigo da educação pública, publicou uma matéria que poderíamos qualificar como o cúmulo da demagogia, cujo objetivo, expresso nas entrelinhas, é atacar o ensino universitário público e quem o defende e dar mais elementos para a campanha de aumento da repressão que a direita e a extrema-direita estão desfechando.
A matéria relata um episódio em que a estudante de Psicologia, Paola Sanatanna, 25, foi agredida e teve seu celular e o dinheiro da mensalidade de seu curso roubados. Paola vende trufas, feitas pelo seu pai, para poder pagar as mensalidades de uma Universidade privada, em Porto Alegre.
Ainda segundo o jornal golpista, após o ocorrido, amigos abriram uma vakinha online para Paola, que recolheu um valor superior ao roubado.
A moral da história, que o jornal quer expressar, é a importância do esforço pessoal, o jornal quer dar a entender que Paola, que realmente realiza grande esforço para se manter na Universidade, vinda das camadas populares não se acomodou ou precisou das “benesses”do Estado, batalhou e batalha para conquistar seu “lugar ao sol”, contrastando com o bandido que a roubou, que advindo do mesmo estrato social preferiu o caminho do não esforço.
É a ideologia reacionária da burguesia, a verdade, porém, é bem outra. Paola é vítima da política da burguesia e de seus veículos de comunicação, como o Zero Hora, que levaram a extrema-direita ao poder para impor um programa neoliberal que pretende restringir ao máximo e mesmo eliminar a Universidade pública e programas de permanência estudantil. Por isso Paola tem que cursar uma Universidade com menos estrutura e pagar um valor que está fora de seu orçamento.
O lema da burguesia é o expresso pelo ministro colombiano da educação: “Universidade é para uma elite”. O caso de Paola é uma oportunidade que a imprensa capitalista se utiliza como forma de preparação ideológica para a privatização da Universidade.