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Subnotificação

Imprensa burguesa manipula as mortes conforme seus interesses

Os capitalistas querem a retomada total da atividade econômica, seja com ou sem “lockdown”, seja quantas mortes forem necessárias omitir

Nesta terça (19), foi divulgado na imprensa burguesa que o “lockdown”, ou seja, o isolamento forçado, não estaria no horizonte do governo estadual de São Paulo, de João Doria (PSDB), devido, apesar do alto número de casos no estado, “as mortes estarem estáveis”.

Em dados oficiais, o número de casos confirmados no estado é de 63.066 doentes e 4.823 mortos. A matéria propaga que o governo estaria vendo uma estabilização da situação e que não há perda de capacidade de conter a doença…”, por parte do governo “BolsoDoria” portanto, “não há perspectiva de adoção do ‘lockdown’.”

Obviamente que este dado é totalmente farsesco, uma vez que a taxa de infecção em São Paulo, nos próprios dados oficiais, está acima da média mundial e nacional. O que ilustra como os governos manipulam as mortes conforme seus interesses. Neste caso aqui o interesse em dizer que está tudo bem. A título de comparação:

Dados globais, segundo o Google: 6,63%, 4.805.430 infecções e 318.554 mortos

Dados do Brasil, segundo o Google 6,64%, 261.567 infecções, 17.375 mortos

Dados do Brasil, segundo Ministério da Saúde 6,61%, 254.220 infecções, 16.792 mortos

Dados de São Paulo, segundo Ministério da Saúde 7,65% , 63.066 infecções, 4.823 mortos

Dados do Rio de Janeiro, segundo Ministério da Saúde 10,70%, 26.665 infecções, 2.852 mortos

É preciso diferenciar um dado omitido pela imprensa burguesa, a divergência entre os capitalistas é apenas superficial, de como implementar o “lockdown”, se é o momento ou não é. Enquanto isso, São Paulo e Rio de Janeiro tem taxa de mortalidade superiores as médias nacionais e a maioria esmagadora da população continua trabalhando sem qualquer condição de proteção individual ou de isolamento social.

Isso, em primeiro lugar, mascara que o tal isolamento social em São Paulo, não serviu – desde que foi implementado – para a maior parte da população. O fato do isolamento social feito no estado ter atingido apenas algo em torno de 20% da população, mostra que ela foi feita para que a pequena burguesia, a classe média, fizesse a quarentena.

Em segundo lugar, os dados utilizados pelo governo de Doria conflitam com os dados da prefeitura de São Paulo. De acordo com dados oficiais da prefeitura de Bruno Covas (PSDB), o aumento da ocupação das UTIs é preocupante. Nos hospitais municipais, os leitos de UTI reservados para pacientes de Covid-19 passam de 90%. Se forem considerados também os pacientes fora de UTIs, mas com ventilação mecânica, o número sobe para 91%.

Mais. Os dados da prefeitura ainda apontam que são 135.381 casos suspeitos de coronavírus na capital, com 38.605 casos confirmados e 2.832 mortes pela doença em São Paulo. Dado que outros 3.235 óbitos aguardam a confirmação, a cidade de São Paulo poderia totalizar 6.067 mortes por coronavírus. Diferente da “capacidade de conter a doença”, propagada pelo governo de São Paulo, do “BolsoDoria” (PSDB), a prefeitura de São Paulo, de Covas, também do PSDB, através de seu secretário de saúde, Edson Aparecido dos Santos, afirmou que o sistema de saúde da cidade deve entrar em colapso em 15 dias.

No último domingo (17), em entrevista coletiva, o secretário ainda revelou que no sistema privado 76% das enfermarias que atendem pacientes de coronavírus estão ocupados na cidade, sendo 97% das UTIs ocupadas! Isso com seis hospitais públicos já tendo atingido sua lotação máxima.

“Em 15 dias o sistema de saúde de São Paulo estará comprometido. Infelizmente, tudo que fizemos e estamos fazendo está sendo insuficiente diante do avanço da doença na cidade”, disse Santos.

Ou seja, enquanto os governos revelam, sem querer, a contradição total dos dados e essa diferença superficial sobre isolamento, reabertura e “lockdown”. A burguesia, através da retomada geral da economia em todo o mundo e em todo o país, inclusive em São Paulo, deixa claro que os capitalistas querem a retomada total da atividade econômica, seja com ou sem “lockdown”, seja quantas mortes forem necessárias omitir.

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