Da redação – Na madrugada do último de ontem (23), um brutal assassinato de características fascistas ocorreu em São Mateus, zona leste de São Paulo. Em uma praça próxima à avenida marginal do Córrego Riacho dos Machados, uma pessoa foi queimada viva.
Pessoas que se aproximaram do cadáver carbonizado podiam perceber um antebraço elevado com o punho fletido, claro sinal de uma pessoa que se debatia em desespero. O bárbaro crime, no entanto, foi totalmente escondido pela grande imprensa capitalista, que no secundário ataca ou não o governo fascista de Jair Bolsonaro, impulsionador desde o princípio do assassinato das massas pobres – quem não se lembra de frases do tipo “temos que matar ao menos uns 30 mil”?
Apenas o Diário Causa Operária (em primeira mão) e a Revista Fórum denunciaram em suas páginas o assassinato fascista.
Hoje, dia seguinte ao ocorrido, manchetes com outros crimes mereciam destaque na grande imprensa como o assassinato de uma engenheira em São Paulo durante um assalto, ou seja, apenas o que atinge a burguesia e a classe média é reproduzido para atender aos interesses de uma camada formada pelas “pessoas de bem”.
É necessário denunciar a grande imprensa capitalista que dá guarida para o fascismo, que não se importa, nunca se importou com a classe trabalhadora pobre, negra, jovem, adulta ou idosa. Estes, todos os dias são silenciados pela força através da repressão da polícia ou das milícias fascistas ou mesmo de fascistas individuais. Esta repressão é apoiada pelos capitalistas do jornalismo e seus editores mercenários. Quem cala, consente! Mas chegará a hora em que a classe trabalhadora, o povo pobre, cobrará esta conta.
É necessário que as organizações de luta dos trabalhadores iniciem a organização de autodefesa dos trabalhadores, assim como denunciem amplamente os ataques fascistas e o consentido silêncio da imprensa capitalista, fascista.