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Promovendo a frente amplíssima

Imprensa burguesa esconde ato do 1º de Maio dos trabalhadores

Tentativa de ocultar o ato classista comprova o acerto da iniciativa, que aponta a mobilização popular nas ruas como caminho para derrotar os golpistas e sua polítia genocida

Neste sábado (1º), o ato nacional de 1º de Maio, dia internacional de luta da classe trabalhadora, reuniu cerca de 2 mil pessoas entre militantes políticos e trabalhadores. Milhares de pessoas marcharam da Praça da Sé ao Theatro Municipal, em São Paulo. No entanto, a imprensa burguesa, seja nos seus telejornais ou em seus portais eletrônicos, tratou de omitir completamente este que foi o maior e mais expressivo ato desde o início da pandemia de coronavírus no País.

O portal G1, da Globo, deu o seguinte título para sua reportagem “Dia do Trabalho: 1º de maio tem atos contra e a favor do governo”. No dia internacional de luta da classe operária, que os patrões chamam de “dia do trabalho”, o portal da família Marinho fala de várias atividades, como carreatas e atos da direita em várias cidades, menos do ato nacional dos trabalhadores, ocorrido na maior cidade do País!

Jornal Nacional

“Nos protestos do dia do trabalho…” iniciou o apresentador do Jornal Nacional, Hélter Duarta, que citou atos em Paris, na França, em Berlim, na Alemanha e em Madrid, na Espanha, todos com imagens dos protestos sendo exibidas.

E continuou que “aqui no Brasil também houve manifestações”. Citou Curitiba (PR), dizendo que teve ato e carreata, Salvador (BA), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Campo Grande (MS), Recife (PE) e então destacou:

“Em São Paulo a Força Sindical distribuiu 15 toneladas de alimentos na favela de Heliópolis.”

Com cerda de 1 minuto e 35 segundos do jornal dando a versão da Globo sobre as caridades e lives das centrais, a apresentadora Mariana Gross então retoma a fala, explicando que o Vale do Anhangabaú ficou vazio pelo 2º ano consecutivo e então passou a falar da live das centrais, que:

“Pelo 2º ano seguido organizaram um evento pela internet com shows de artistas e exibição de mensagens de políticos de diferentes correntes e partidos”, afirma.

O jornal então passou a falar da participação do golpista FHC (PSDB), dos ex-presidentes petistas Lula e Dilma, bem como do golpista Baleia Rossi (MDB) e do abutre direitista Ciro Gomes (PDT) na live das centrais sindicais.

Com cerca de mais 2 minutos e 25 segundos, com trechos das falas dos políticos, a narração diz que as mensagens destacaram a “união para vencer os problemas do País” e então a apresentadora afirma que “houve muitas críticas ao governo Bolsonaro e como ele tem conduzido a pandemia”.

Assim, de forma grotesca, em cerca de 4 minutos de reportagem, o Jornal Nacional, principal telejornal do País, promove a política criminosa da frente amplíssima da esquerda com os golpistas (sob o pretexto de combater Bolsonaro) oculta de forma também criminosa o ato nacional de 1º de Maio, classista e de luta, que ocupou às ruas do centro da maior cidade do País com milhares de pessoas, com as reivindicações que a Globo quer a todo custo ocultar, como:

A quebra das patentes, pela imediata vacinação da população;
Pelo auxílio emergencial de pelo menos um salario mínimo para todos;

Pela redução da jornada de trabalho para no máximo 35h semanais, sem redução do salário;
Por #ForaBolsonaro e todos os golpistas;
Por #LulaPresidente por um governo dos trabalhadores;

E assim, o JN dedica mais 2 minutos a falar dos atos bolsonaristas. O apresentador diz:

“Neste 1º de Maio, apoiadores do presidente Bolsonaro também foram às ruas.”

Diferente da omissão sobre o ato dos trabalhadores, o jornal golpista mostrou imagens aéreas, provavelmente feitas pelo helicóptero da emissora, dando um enorme destaque ao ato bolsonarista na av. paulista, reservada pelo governador João Doria (PSDB) à extrema direita.

Sobre o ato de São Paulo, ele diz:

“Vestidos de verde e amarelo eles ocuparam as duas pistas e se espalharam por 4 quarteirões da avenida. Houve muita aglomeração e vários manifestantes estavam sem máscara. Eles carregavam faixas de apoio a Bolsonaro, esta pedia intervenção militar com Bolsonaro no poder, o que é proibido pela constituição.”

Também destacam-se os atos no Rio de Janeiro e em Brasília, “com bandeiras, faixas de apoio ao presidente e cartazes contra o comunismo”, bem como os de Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Belém (PA) e Fortaleza (CE).

Em cerca de 6 minutos de reportagem, a Globo, em seu principal jornal, utiliza 4 minutos para promover a frente amplíssima, 2 para Bolsonaro e nada para o ato dos trabalhadores no 1º de Maio, que reuniu milhares de pessoas, que marcharam da Praça da Sé até a Praça da República, tendo a participação de milhares de pessoas e centenas de entidades, como partidos de esquerda, sindicatos, movimentos populares, estudantis, coletivos, entre outros. Uma prova concreta da política da burguesia em criar uma realidade paralela, para ocultar as informações mais relevantes para a população.

O único órgão da imprensa burguesa, golpista, a citar o ato nacional ocorrido em São Paulo, foi a Folha, que o fez de forma bastante tímida e omitindo as principais reivindicações.

A empresa da família Frias deu como título “Dia do Trabalhador tem protesto contra Bolsonaro e live com Lula, Boulos e Ciro por vacina e auxílio” e cita no olho da matéria “Evento das centrais foi online devido à pandemia; PCO levou protesto à praça da Sé.”

No corpo do texto, enquanto vários parágrafos são dedicados às lives da frente amplíssima e às carreatas e atos bolsonaristas, ao único ato nacional verdadeiramente dos trabalhadores há o seguinte trecho:

“Em São Paulo, o PCO (Partido da Causa Operária) convocou uma manifestação presencial na praça da Sé, na região central da capital, em protesto ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, participou do ato, que saiu em caminhada até o Theatro Municipal.”

Desta forma, a matéria da Folha mostra as reivindicações gerais da esquerda como sendo:

“As principais bandeiras do Dia do Trabalhador deste ano foram a defesa da democracia, do emprego, vacina para todo e auxílio emergencial de R$ 600 para todos até o fim da pandemia. Durante a transmissão, foram feitas homenagens aos brasileiros mortos pela Covid-19.”

O ato, organizado pelo Partido da Causa Operária (PCO), junto com os Comitês de Luta, contou com a adesão e participação de milhares de pessoas, representando centenas de organizações de esquerda, como partidos, movimentos populares, coletivos, sindicatos, entre outros. Mesmo com a recusa de setores das direções majoritárias das principais entidades de esquerda, como o PT e a CUT, muitos militantes e ativistas destas organizações aderiram de forma contundente ao chamado classista do PCO! Entidades como a Central dos Movimento Populares (CMP), a Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNL), participaram de forma bastante expressiva.

A tentativa da imprensa burguesa de ocultar este fato político contundente que foi o ato só comprova o acerto político da iniciativa, que disputa no seio da esquerda e em toda a sociedade brasileira a única perspectiva de luta capaz de resolver os problemas da população: a mobilização popular em torno das reivindicações do movimento operário e popular.

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