“Fiquem em casa”, proclama a imprensa burguesa em tempos de fascismo dos dias de hoje. “Tenham a coragem de serem covardes”, proclamava a burguesa imprensa no início do fascismo italiano.
Lições da imprensa burguesa ou da imprensa revolucionária?
“Como combater fascistas” e “o que podemos aprender com a batalha de Cable Street”, publica o jornal Causa Operária, da imprensa revolucionária do Brasil, em coluna desta semana. A União dos Fascistas Britânicos prometia ato de 100 mil. Era a antessala do assalto ao poder na Grã-Bretanha. 300 mil trabalhadores na madrugada do mesmo dia se anteciparam. Ocuparam a praça, as ruas de acesso, a rua Cable (Cable Street). Mesmo escoltados por 10 mil policiais, fascistas decidiram não encarar. Seria uma carnificina. Desistiram. Dispersaram-se. Debandaram. Os trabalhadores e a esquerda botaram para correr os valentões fascistas da época.
Um verdadeiro manual de “como combater fascistas”, publica o único jornal da esquerda revolucionária do Brasil.
Sítio Poder360, nesta quinta-feira, 4 de junho, noticia que “as oposições não convocaram a militância, ou até mesmo desestimularam a presença de filiados nos atos contra Jair Bolsonaro”. A esfarrapada justificativa, para a “coragem de praticar a covardia”, seria para “frear a transmissão da covid-19”. Na mesma toada, imprensa do Paraná, noticia que “Movimentos de não vão incentivar a participação em protestos de domingo (7) em razão da pandemia da Covid-19. “A idéia, diz a Folha, é realizar manifestação em conjunto nos próximos dias para demonstrar união dos protestos”. Do Distrito Federal, manchete da imprensa burguesa afirma que “partidos de esquerda temem que haja infiltrados em movimentos contrários ao Planalto”.
Tenta a imprensa burguesa ensinar a esquerda que a melhor forma de lutar é “não lutar”, “nada fazer”, “ficar em casa”, oposições devem ter “a coragem de serem covardes”, é o que insinua Brasília citando em seguida afirmações de Bolsonaro do tipo, os manifestantes contrários a Bolsonaro, seriam “marginais”. Os bolsonaristas respeitam leis, e que as oposições, não. E ainda, “a história nos diz que (oposições a Bolsonaro) vão de preto, com soco inglês, punhal, barra de ferro, coquetel molotov”. A limpinha e cheirosa Eliane Castanhede, em sua coluna no Estadão desta sexta-feira, frente-amplista desde criancinha, tem a pretensão de ensinar a oposição, “líderes responsáveis e do bem têm que desprezar o egocentrismo do ex-presidente Lula e mobilizar o centro, unir as esquerdas, buscar alianças com a direita democrática e resistente. Mas sem criar pretextos e para golpes…
O ex-presidente Lula, lacônico, resume assim a ópera da direita, “Não tenho idade para ser Maria vai com as outras“.
A propaganda feita pela direita, é a óbvia tentativa feita pelos golpistas de impedir a realização dos protestos populares contra Bolsonaro.