Após o New York Post publicar uma reportagem envolvendo o filho de Joe Biden, candidato Democrata à presidência dos Estados Unidos, Hunter Biden, em um suposto escândalo de enriquecimento ilícito, uma série de ofensivas da mídia capitalista concorrente e das redes sociais tem procurado deslegitimar o conteúdo da denúncia.
O artigo do NYP cita duas fontes principais: Stephen K. Bannon , o ex-assessor do presidente Trump que agora enfrenta acusações de fraude federal, que teria informado o jornal sobre um determinado “disco rígido” de um computador no mês passado, local onde estariam armazenadas informações sobre a operação; e Rudolph W. Giuliani, o advogado pessoal do presidente, que teria dado ao jornal “uma cópia” do disco rígido em 11 de outubro.
Na quarta-feira, o presidente e seu advogado aproveitaram a história do New York Post, que se concentrava em um e-mail que pretendia mostrar um consultor da empresa de energia ucraniana Burisma agradecendo a Hunter Biden, filho do candidato atual Democrata, por marcar um encontro para ele com Joe Biden, que era então o vice Presidente dos EUA.
A história não forneceu evidências de que tal reunião tenha ocorrido e foi criticada por “confiar em fontes e documentos questionáveis cuja autenticidade não foi verificada”. A equipe de campanha de Biden disse ao USA TODAY que nenhuma reunião jamais ocorreu.
O New York Times e outros grandes jornais e veículos tradicionais de imprensa estão agora tentando dizer que a reportagem seria uma “fake news” e que careceria de maior credibilidade para ser considerada.
Além disso, o Twitter inicialmente impediu que o link do New York Post com a matéria fosse acessado pelos seus usuários através da plataforma, censurando previamente assim a reportagem bombástica do NYP.
“Bloquear diretamente a URL (endereço na internet) foi um erro e já atualizámos a nossa política e a sua aplicação para solucioná-lo. O nosso objetivo é procurar acrescentar contexto e agora já temos as capacidades para fazê-lo”, escreveu um diretor do Twitter.
Por último, o FBI está aventando que a publicação faria parte de uma imensa “campanha de desinformação” com origem na Rússia, jogando com a antiga polarização da Guerra Fria.
Isso evidencia que o aparato de estado norte-americano está blindando Joe Biden para favorecê-lo nas eleições e que quando se trata do fascista Donald Trump, isso nunca é feito, todas as denúncias são amplamente difundidas e viram escândalo nacional.
A burguesia imperialista está buscando, portanto uma vitória de Biden nestas eleições presidenciais por acreditar que do ponto de vista de seus negócios o experiente político Democrata teria melhores condições de favorecer seus ganhos retomando uma certa pacificação nacional ao mesmo tempo em que intensifica a tática imperialista clássica empregada entusiasticamente inclusive no governo Obama, quando este foi peça fundamental.