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Imprensa britânica continua sua campanha contra a Rússia, agora contra a presença dos russos na África

No Brasil há uma impressão distorcida sobre a ação do imperialismo no mundo em comparação com a postura de determinados países atrasados que conseguem uma margem maior de independência (muito relativa, devida a circunstâncias excepcionais). É o que acontece em relação à Rússia e aos EUA, por exemplo. Há até quem fale em “imperialismo” russo, que seria uma coisa comparável ao imperialismo norte-americano.

Essa impressão distorcida é fruto de uma campanha contínua da imprensa imperialista contra os russos. Um caso aberrante, por exemplo, é o da Ucrânia. Os EUA ativaram grupos neonazistas que eles financiaram durante décadas para participarem do golpe de 2014. Derrubaram o governo de um país vizinho da Rússia, ameaçando colocar a OTAN na fronteira russa, e apresentaram as reações defensivas dos russos como “interferência” na Ucrânia.

Uma reportagem recente do jornal britânico Guardian ilustra bem como é feita essa campanha para indispor seu público contra a Rússia em geral e distorcer a verdadeira relação de forças entre as burguesias de países atrasados e o imperialismo. Sob o título Pragamatismo e ideologia orientam o interesse do Kremlin na África, o Guardian apresenta uma suposta interferência da Rússia na política interna de diversos países africanos. O exemplo dado é o apoio de agentes russos que teria sido dado a um candidato presidencial em Madagascar.

O texto procura apresentar a atuação da Rússia como se fosse uma ação imperialista, no entanto, no próprio texto é explicado que a Rússia busca mercados africanos em uma tentativa de contornar as sanções econômicas impostas pelos EUA e por países europeus. Ou seja, trata-se de uma ação defensiva diante de uma ofensiva do imperialismo. O imperialismo consiste no domínio de grandes monopólios econômicos sobre a economia mundial. Nenhum desses grandes monopólios está sediado na Rússia.

A afirmação mais ousada do texto do Guardian fica para a conclusão. Das ligações, supostamente, que haveria entre russos e alguns governos africanos, o jornal britânico tira a seguinte conclusão: “Sob Trump, os EUA parecem ter desistido de seu papel de liderança global. Enquanto os EUA recuam, a Rússia busca preencher o vácuo (…)”.

Ou seja, segundo essa conclusão a Rússia estaria dominando politicamente o mundo enquanto os EUA estariam “recuando”. Uma conclusão absurda diante do fato de que a Rússia está cercada pelo imperialismo, enquanto os EUA acabam de patrocinar uma onda de golpes pelo mundo inteiro (Honduras, Paraguai, Brasil, Egito, Ucrânia, Tailândia etc.). Trata-se de uma completa distorção, e a própria matéria do Guardian é parte da propaganda imperialista, sem aspas, contra a Rússia, um país atrasado que os norte-americanos procuram dominar.

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