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Demagogia como arma

Imperialismo tenta diminuir influência do Hezbollah no Líbano

Em meio à comoção causada pela violenta explosão, imperialismo abusa de demagogia enquanto cobra "reformas" e ataca governo

Foto: Sebastian Scheiner/AP

Dois dias após a explosão ocorrida no Líbano (que deixou ao menos 137 mortos, 5.000 feridos e 300 mil desabrigados), uma suspeita onda de solidariedade atingiu as nações imperialistas “em favor” da nação árabe. Inimigos históricos de todos os povos do Oriente Médio, as forças de ocupação israelense chegaram a fazer uma projeção da bandeira libanesa na fachada da prefeitura da capital Tel Aviv. O presidente da França, Emmanuel Macron, chegou a fazer uma visita à capital libanesa, Beirute, prometendo ajuda humanitária mas cobrando “reformas”, um eufemismo que, vindo da direita (especialmente da facção imperialista), sempre se traduz como ataques aos trabalhadores e à população. “Se reformas não forem realizadas, o Líbano continuará a se afundar”, foram as palavras de Macron enquanto andava pela antiga colônia francesa.

Embora ainda faltem elementos para uma afirmação concreta sobre eventuais autorias em relação a explosão, a imprensa imperialista já vem destacando o caso como sintoma da “corrupção”, o que é outra palavra chave para indicar uma agitação de caráter direitista. Nesse sentido, além dos pedido por reformas feito por Macron e outros mais específicos sobre privatizações no setor elétrico e portuário, as acusações de corrupção que aparecem na imprensa imperialista parecem voltar-se com muita enfase contra o Hezbollah.

Tido como organização terrorista pelos governos dos países desenvolvidos e também de países governados por lacaios, o partido nacionalista mantém a maior milícia partidária do mundo, de muito prestígio no mundo árabe pela atuação destacada no combate em defesa do regime nacionalista sírio e também no Iraque. Contando também com o apoio do Irã, o partido libanês é um alvo constante das agressões do fascismo israelense além de sofrer uma campanha de difamação incessante pela imprensa imperialista, que após a explosão, passaram a incluir também acusações de “corrupção”, um termômetro para mensurar a importância do Hezbollah no país e na região como um todo.

Se por um lado faltam evidências para acusar alguém, por outro sobram em relação aos interesses envolvidos. Além do interesse na rapina econômica, há também o político. Isto por que o Líbano cumpre um papel muito importante para o desenvolvimento da política imperialista na região do Oriente Médio, em função da força do partido Hezbollah. Demonstrando um grande senso de oportunismo, o imperialismo busca, assim, atingir seus interesses econômicos e políticos com um disparo, enquanto aumenta ainda mais a pressão sobre a região, já severamente castigada.

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