Desde o último final de semana têm ocorrido protestos em Hong Kong contra um projeto de lei do parlamento da região autônoma que permitiria extradições para a China.
Sem fazer qualquer juízo a respeito da lei, sobre esse tipo de iniciativa de um governo de um país oprimido (como a China) é preciso dizer que sempre é algo defensivo contra a opressão imperialista. A China, desde a Revolução de 1949, e mesmo após ter se transformado em um grande local para o empreendimento dos monopólios capitalistas, sempre foi atacada pelas grandes potências imperialistas. Suas medidas constantemente consideradas ditatoriais são apenas uma defesa de sua relativa soberania.
Assim, diante desse projeto de lei, de acordo com a imprensa internacional milhares de pessoas saíram às ruas de Hong Kong para protestar contra ele. Mas não eram protestos populares. Na verdade, podem ser caracterizados mais como os famigerados coxinhatos da direita brasileira na época do impeachment.
Isso porque os empresários de Hong Kong estão apoiando abertamente os protestos, inclusive coagindo seus funcionários a participarem.
“Estamos preocupados de que estas emendas possam prejudicar o clima de negócios em Hong Kong”, disse Morgan Ortagus, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. Essa é a preocupação dos grandes capitalistas e de seus representantes na região chinesa.
Essa declaração da empregada da Casa Branca não é o único indício de interferência do imperialismo nesses eventos. A direita de Hong Kong realizou recentemente reuniões com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e com a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi.
“Nos opomos fortemente a qualquer força estrangeira que intervenha nos assuntos legislativos de Hong Kong”, afirmou Geng Shuang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China.
Fica um tanto evidente que isso é mais uma tentativa de “Revolução Colorida” promovida pelo imperialismo contra a China. Em 2014, um movimento semelhante já havia ocorrido em Hong Kong, quando manifestantes saíram às ruas na chamada “Revolução dos Guarda-chuvas”.
A China atualmente é alvo de uma intensa pressão por parte do imperialismo, particularmente o norte-americano, com uma guerra comercial promovida pelo governo de Donald Trump. Insere-se nesse âmbito a perseguição à empresa Huawei, que ameaça, minimamente, o domínio dos grandes monopólios norte-americanos da informação, como a Apple.