Em meio às crescentes revoltas que vem ganhando corpo na América Latina, Mike Pompeo, Secretário de Estado dos Estados Unidos, afirma que Washington fará uma intervenção. O recado revela a tensão do imperialismo ante a rebelião popular que se instaurou nos países da América Latina e, nitidamente, não tende a arrefecer. A insurreição popular tem como objetivo declarado – a derrubada dos governos fantoches do imperialismo. Nesse sentido, o imperialismo estadunidense já assinala ingerência para assegurar seus interesses.
A afirmação de Pompeo veio através de um evento ocorrido nesta segunda-feira (2), na Universidade de Louisville, no Kentucky. De acordo com o porta-voz do imperialismo estadunidense, os protestos “não refletem a vontade democrática do povo”, chamando os governos alvo dos protestos, de “legítimos”.
A França, Espanha e Inglaterra se anteciparam e colocaram seus destacamentos policiais para dar assessoramento os policiais chilenos, ou seja, como reprimir de forma mais eficaz a população. Toda essa movimentação desses países imperialistas, através de ingerências e apoio concreto ao aparato repressivo dos governos de seus vassalos, tem por finalidade impor, na marra, as vontades do imperialismo contra a população. Nesse sentido, o imperialismo, já prevendo um alastramento da rebelião popular em todo o continente, pretende, imediatamente, pôr fim ao levante popular que aumenta a cada dia na América Latina.
Nesse diário, recentemente foi escrita uma matéria sobre a situação na América Latina >>> América Latina, o centro da crise mundial.
A colaboração entre o governo de Piñera, no Chile e as forças repressivas do imperialismo, por sua vez, foi gerenciada por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para o qual as autoridades chilenas solicitaram contato com a polícia estrangeira, na intenção aumentar a repressão contra o povo chileno.
Todo esse alarde do imperialismo, expressa a preocupação com as revoltas populares que tem tomado países como: Chile, Bolívia, Equador, Honduras, Porto Rico, e agora na Colômbia. A rebelião popular, cada uma em um grau diferente de desenvolvimento, tem um nítido caráter revolucionário; e a burguesia sabe muito bem disso. Sabendo que a América Latina se coloca como um centro insurrecional capaz de ganhar proporções incontroláveis, podendo, inclusive, afetar os países imperialistas que, visivelmente, encontram-se em crise, o imperialismo busca conter, a todo custo, os focos de manifestação capazes de derrubar os governos que sustentam uma política pró imperialista.