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Um debate para a ação política

Imperialismo: o regime mundial de domínio dos países imperialistas

O marxismo não é acadêmico, mas um guia para ação

O imperialismo é um conceito científico, que não foi criado pelos marxistas mas foi desenvolvido de maneira mais acabada por eles, que a direita procura fingir que não existe, que seria ultrapassado ou coisa de quem gosta de teorias da conspiração. Isso porque o conceito é um incômodo para a dominação política da burguesia em escala internacional. Aliás, o próprio termo “burguesia” procura ser desconversado pela direita. O objetivo é esconder que existe uma classe social privilegiada, composta por uma minoria ínfima de pessoas, que manda em todas as outras. O mesmo objetivo existe quando se esconde a palavra imperialismo: esconder o domínio dos grandes monopólios sobre não só os trabalhadores do mundo todo mas inclusive sobre as burguesias nacionais dos países economicamente atrasados, que são a maioria no mundo.

Um dos focos de influência dos capitalistas são as universidades. Produzindo uma quantidade enorme de teorias, algumas abertamente direitistas outras esquerdistas, que procuram confundir, deturpar e desmoralizar qualquer conceito científico que se coloque como um perigo para a dominação imperialista. A esquerda pequeno-burguesa é normalmente afetada por essas teorias, que na realidade são frutos da ideologia burguesa contra o marxismo. Nesse sentido, é comum encontrar no meio da própria esquerda – mesmo a que se diz marxista – a rejeição aberta ao uso da palavra imperialismo.

Recentemente, neste Diário, escrevemos artigo sobre o problema do imperialismo debatendo com um artigo do cientista político Bruno Lima Rocha que, embora procure provar que existe imperialismo, confunde o problema ao desconsiderar o que explicou Lênin que o clube dos países imperialista está fechado, não cabendo novos ingressantes justamente porque a tendência do capitalismo da fase imperialista é o monopólio. Nesse sentido explicamos que Rússia, China e outros não são países imperialistas.

O cientista político publicou no sítio do GGN uma continuação de seu artigo no último dia 9 com o título “Debatendo o conceito de imperialismo no Século XXI”. No artigo, Lima Rocha procura explicar fundamentalmente que não existe “um imperialismo”, mas “imperialismos”. Na nossa opinião, essa é mais uma confusão do autor.

O artigo procura se diferenciar de outras análises que o autor chama de “doutrinária”: “Quanto mais urgente é sua temporalidade, mais rigor e cuidado é necessário para avançar teoricamente. Se a meta for fazer campanha, panfleto, difusão doutrinária, algo muito relevante, aí a pressa é outra e tudo fica para o curtíssimo prazo. Não é o caso dos textos deste analista quando faz análise.” Mas a análise profunda de determinado conceito não pode ser apenas por si só, ela precisa, ao menos para os marxistas, estar vinculada a uma ação. Portanto, para se fazer uma “campanha, um panfleto ou uma difusão doutrinária” é obrigatório que se parta de uma análise profunda e científica do problema.

Portanto, compreender o imperialismo não deve ser um objeto em si mesmo, mas uma interpretação que procure a ação política baseada na luta de classes. É nisso que se confunde nosso teórico do imperialismo do século XXI. Está claro que ele se confronta com a direita e até mesmo com setores da esquerda que rejeitam a ideia de imperialismo, mas ele esbarra nos próprios preconceitos acadêmicos.

O debate sobre a existência de um ou mais imperialismo só pode fazer algum sentido inserido em determinada luta política. Por exemplo, é fato que durante as duas grandes guerras, os “imperialismos” entraram em conflito atrás de aumentar suas colônias e mercados. Nesse caso, entender que havia interesses em conflito entre os países imperialistas era necessário para tomar determinada ação política.

Mas mesmo nesse momento de conflitos agudos, os partidos verdadeiramente operários não tomaram partido nas guerras pois entendiam que eram disputas entre os senhores para saber quem seria o dono dos escravos.

Já no atual momento, os interesses em conflitos, embora existam, estão contidos. Os países imperialistas procuram agir como uma unidade mais coesa, ainda que encontrem dificuldades para isso. Isso se dá inclusive diante do receio de que a eclosão de um conflito aberto e generalizado entre as potências poderia resultar no fim do capitalismo, devido ao avanço da crise histórica do capitalismo e, consequente, fraqueza do regime político internacional.

Existe um regime imperialista, dominado não por quaisquer países mas pelo clube seleto dos países desenvolvidos que controlam 90% da economia mundial. Esse regime é resultado de um acordo entre essas potências, que vez ou outra pode ser quebrado. A conclusão a que devemos chegar não é acadêmica, mas deve servir como uma coordenada para uma intervenção política de acordo com a luta que se dá em nível internacional.

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