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Colonização esportiva

Imperialismo norte-americano tenta impor seus esportes no Brasil

Com o objetivo de ampliar mercados e destruir a cultura nacional, os grandes conglomerados da comunicação estão exportando para o Brasil modalidades como o futebol americano

Nos últimos anos com o advento da invasão de emissoras norte-americanas nas redes de TV, assim como a abertura de casas de apostas pela internet, como a Betway, Betsul, entre outras. Também com os jogos online digitais do tipo fantasy (modalidade em que os fãs montam equipes de “fantasia”, para disputar partidas e campeonatos), facilitadas inclusive pelo lambe botas do imperialismo Jair Bolsonaro, a indústria cultural norte-americana e sua colonização avançou nas terras tupiniquins. Um dos principais meios colonizadores utilizados pelo imperialismo é a questão dos esportes.

Dois destes esportes têm crescido muito no país, o futebol americano e o basquetebol norte-americano, um dos grandes fatores responsáveis pelo crescimento dessas modalidades é o aumento do número de transmissões realizadas na televisão e na internet.

De acordo com recentes pesquisas organizadas pelo Ranking dos Esportes do Ibope Repucon, em conjunto da Sponsorlink, o basquete da NBA, no ano de 2019, atingiu um número histórico de fãs e segundo dados divulgados pela pesquisa, o Brasil já conta com mais de 40 milhões de expectadores espalhados por todos os cantos do país, estando atrás apenas dos Estados Unidos e da China em relação à importância do mercado.

Ao mesmo tempo em que amplia enormemente a veiculação dos esportes de alto rendimento dos Estados Unidos, o marketing esportivo e o seu desenvolvimento imposto pelos conglomerados capitalistas da TV e internet se amplia. Sob a base de elevado investimento perpassando os casos de patrocínio esportivo, de comercialização e organização de eventos e licenciamento de produtos. Isso pode ser percebido no próprio sítio da NBA.

Esse modelo de organização e marketing podem ser verificados parcialmente no sítio oficial da NBA, onde se percebe os traços mercantis dessa organização. Na página, que pode ser acessada em diferentes línguas como português, espanhol, chinês, francês, alemão, é possível adquirir camisetas, bonés, jaquetas, adesivos, flâmulas e outros adereços das equipes. Também estão disponíveis ingressos, vídeos e fotos de jogos ou específicos de jogadores, entre outros. Tudo isso para ampliar o colonialismo norte americano através do mundo também nos esportes.

Enquanto isso, o basquetebol brasileiro é negligenciado abertamente e não tem a mesma visibilidade e o mesmo espaço da NBA americana nos canais de TV, abertos ou fechados. Mesmo com o basquete brasileiro tendo uma história riquíssima – bi-campeão mundial (1959 e 1963) e medalhista de bronze 2 vezes em Olimpíadas, em 1960 e 1964 – e com um craque chamado Wlamir Marques, conhecido durante muitos anos como “Diabo Loiro” do basquete brasileiro. A seleção brasileira em 1987 foi a primeira de um país a derrotar a seleção americana, dentro dos EUA, no Pan Americano de Indianópolis, com o ala brasileiro Oscar e seus companheiros acabando com a invencibilidade do chamado “Dream Team” (time dos sonhos).

O Brasil também tem história no basquetebol feminino. Teve duas das maiores jogadoras da história mundial, Hortência e Paula. Com habilidade e ginga a seleção brasileira feminina foi campeã mundial em 1994, vice-campeã olímpica em 1996, bronze olímpico em 2000 e quarto lugar no Campeonato Mundial em 1998. A medalha de bronze em 1971 foi o melhor resultado das gerações anteriores. Esses resultados no masculino e feminino denotam uma elevada competitividade internacional, que no entanto é totalmente desprezada, assim como a política dos conglomerados de comunicação é esconder estes esportes nacionais.

No futebol americano, como o próprio nome diz, não é diferente. Interessante destacar que nos EUA, o futebol (maior esporte do planeta), é tido culturalmente como esporte apenas feminino, por aqueles que não tem a habilidade nas pernas desenvolvida e o preconceito exacerbado sobre a prática masculina do esporte no país. Um detalhe interessante, que foi justamente o maior jogador de todos os tempos, o negro Pelé, o responsável por dar algum desenvolvimento ao esporte nos EUA, quando de sua contratação pelo Cosmos em 1973.

No caso do futebol americano, esporte que envolve estratégia coletiva e força, deixando a habilidade individual, a criatividade em segundo plano, esporte aliás vinculado a conhecimentos de guerra em sua tática e estratégia. Em 2020, o Brasil se consagrou como o terceiro maior consumidor desta modalidade, são mais de 15 milhões de torcedores brasileiros acompanhando os 32 times da NFL (National Football League) – atrás apenas dos Estados Unidos (115 milhões) e do México (23,3 milhões).

De acordo com dados da TV ESPN, principal difusora dessas modalidades no país, entre 2014 e 2018, o futebol americano cresceu mais de 20% ao ano, totalizando um aumento de 78% em apenas quatro anos.

Toda a investida capitalista tem também como objetivo atacar o futebol brasileiro para desbancar o Brasil do papel de melhor futebol do mundo. Desta forma, seria imposta a ideia para outros cantos do mundo de que ser campeão do mundo de futebol seria algo para qualquer um, tendo suas mercadorias (seus esportes) ainda mais aceitas em qualquer continente do planeta.

É necessário organizar uma luta na defesa do esporte brasileiro, de sua cultura e sua prática, contra a invasão colonialista do imperialismo. Esta deve passar pela redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, assim como por um salário mínimo vital que atenda às necessidades de uma família trabalhadora para que deste modo a classe trabalhadora tenha tempo e condições materiais para as suas práticas de lazer e a prática de atividades esportivas sejam partes essenciais da vida de qualquer trabalhador.

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