O governo dos Estados Unidos reconheceu o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como verdadeiro presidente do país sul-americano. Seus capachos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Cartel de Lima e outros países como o Brasil, seguiram as ordens de seus chefes e também reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela, no lugar do presidente legítimo Nicolás Maduro.
Juan Guaidó (do partido de extrema-direita Vontade Popular) se autoproclamou presidente da Venezuela hoje (23). Trata-se de uma manobra bem planejada da direita golpista, uma vez que hoje se realiza uma manifestação opositora, um coxinhato da pequena-burguesia, na qual (como os movimentos sociais que apoiam o chavismo já haviam denunciado) a direita realiza provocações e mesmo ataques para causar mortes e colocar a culpa no governo.
Guaidó não tem a menor autoridade na Venezuela. A Assembleia Nacional encontra-se em situação absolutamente irregular desde as eleições parlamentares de 2015, quando ela foi eleita de modo fraudulento e não foi reconhecida por nenhuma autoridade estatal e popular. A oposição tem utilizado o Parlamento para boicotar todas as iniciativas do Executivo e para pedir de forma aberta uma intervenção imperialista em seu próprio país.
O imperialismo tem usado todas as suas armas para preparar o terreno para uma possível invasão da Venezuela, utilizando como pretexto mais recente a posse de Maduro, com sua propaganda de que Maduro seria um presidente ilegítimo. Existe atualmente um enorme aumento na ofensiva contra o país caribenho.
Esse tipo de ofensiva sempre foi utilizada pelo imperialismo para preparar uma invasão ao país alvo. Caso semelhante ocorreu na Líbia, em 2011. Primeiro, o imperialismo infiltrou mercenários armados para desestabilizar o regime de Muammar Kadafi, depois realizou protestos artificiais para que a imprensa de propaganda como CNN, El País, The Guardian, Al Jazeera, Rede Globo etc espalhasse um suposto clamor popular por sua derrubada, além da propaganda de que Kadafi estaria realizando as piores atrocidades contra a população. Em seguida, a oposição golpista organizou um governo paralelo e ilegal que, prontamente, foi reconhecido por todas as autoridades imperialistas. Assim, abriu-se o caminho para os bombardeios contra a Líbia que assassinaram milhares de civis e, finalmente, derrubou-se o governo nacionalista de Kadafi, colocando em seu lugar um governo fantoche que entregasse o petróleo para os grandes monopólios.
É perfeitamente possível que o imperialismo faça o mesmo na Venezuela, por isso toda a esquerda e o movimento popular latino-americano deve se mobilizar imediatamente contra a intervenção imperialista para derrubar Maduro. Fora o imperialismo da Venezuela! Abaixo a intervenção imperialista na América Latina!
