O Departamento de Estado dos Estados Unidos fez circular um documento entre os governos considerados aliados sobre as eleições legislativas marcadas para ocorrer na Venezuela em dezembro deste ano. Os venezuelanos vão escolher os deputados da Assembleia Nacional, que hoje é presidida por Juan Guaidó, cujo mandato termina em janeiro de 2021.
O documento classifica Juan Guaidó como o presidente interino do país e fala em “eleições livres e democráticas”, que derrotem o governo eleito e popular de Nicolás Maduro (PSUV). Governos fantoches do imperialismo mundial, aliados à política externa dos Estados Unidos e do bloco da União Europeia, respaldam o conteúdo do documento, como Albânia, Austrália, Áustria, Bahamas, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos , Equador, El Salvador, Estônia, Georgia, Guatemala, Haiti, Honduras, Hungria, Israel, Kosovo, Letônia, Lituânia, Panamá, Paraguai, Peru, Reino Unido, República Dominicana, Coreia do Sul, Santa Lucia e Ucrânia.
Em notas divulgadas pelos Estados Unidos e pelos países do Grupo de Lima, o governo chavista é classificado como uma ditadura e se declara apoio a um governo transitório. O Grupo de Lima reafirmou seu apoio a Juan Guaidó e disse que as eleições legislativas convocadas pelo governo Maduro, nos marcos da Constituição, são fraudulentas.
O imperialismo mundial e seus governos satélites na América Latina estão organizando uma campanha de sabotagem e boicote às eleições legislativas venezuelanas, com o intuito de desestabilizar politicamente o país e criar pretextos para uma golpe de Estado ou intervenção militar estrangeira direta. A ideia é passar uma impressão de que se trata de uma fraude eleitoral, para com isso avançar nos planos golpistas, similar do que ocorreu com a Bolívia.
O governo chavista de Nicolás Maduro tem muito apoio por parte da população. Diversas tentativas de golpe militar foram executadas, inclusive com a participação direta de Juan Guaidó e elementos infiltrados das agências americanas. Tentou-se o assassinato do presidente Nicolás Maduro e, mais recentemente, a invasão do país por bandos mercenários. As milícias populares foram fundamentais na captura dos invasores.
Há anos a tática seguida pela oposição pró-imperialista tem sido a violência política nas ruas, com as chamadas guarimbas. No começo de 2019, o imperialismo proclamou Juan Guaidó como o presidente do país. Os métodos de guerra e sabotagem econômica, bloqueio comercial e isolamento internacional são permanentemente utilizados contra o país sul-americano.
A nota do imperialismo e respaldada pelos seus governos satélites demonstra, uma vez mais, que a derrubada do governo nacionalista de Nicolás Maduro é uma das prioridades de sua política externa. Caso seus objetivos políticos se concretizem, o país vai ser submetido a uma férrea, sanguinária e terrorista ditadura militar pró-imperialista.