A capa de uma das principais revistas do imperialismo mundial, The Economist, deixa claro que o candidato preferido dos grandes monopólios internacionais não é o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro. A revista, logo em sua capa, taxa Bolsonaro como uma ameaça, um presidente desastroso para o país e a América Latina. A orientação da revista ligada diretamente ao mercado financeiro e aos grandes capitalistas é clara: Bolsonaro não é o preferido, o candidato do imperialismo continua sendo o tucano Geraldo Alckimin.
Para levar adiante a operação de impulsionar o nome de Alckmin, o qual está desde o começo estagnado nas pesquisas, o imperialismo utiliza de uma série de recursos. Um deles é apresentar Bolsonaro como um monstro terrível para o Brasil, para que Alckmin que é tão monstro quanto Bolsonaro possa parecer mais palatável. Para tanto, o imperialismo também utiliza-se das candidaturas artificiais da direita, como Meirelles, Alvaro Dias, Marina Silva e João Amoedo, os quais podem facilmente transferir votos para Alckmin.
Outro mecanismo é utilizar da confusão politica da própria esquerda. A campanha apartidária, horizontal, impulsionada na internet, utilizando-se de uma suposta defesa das mulheres, por meio da palavra de ordem “ele não”, também é uma forma de atacar a ameaça Bolsonaro de uma maneira completamente confusa, o que só pode levar ao fortalecimento das candidaturas preferidas da direita, como é o caso de Geraldo Alckmin. A manobra dessa campanha fica clara na participação de figuras ilustres da direita, que sempre tiveram um discurso fascista contra o povo e, agora, de uma hora para outra, começaram a atacar Bolsonaro, é o caso, por exemplo, da apresentadora Rachel Scherazade.
Fato é que o imperialismo é perito nas manobras políticas envolvendo as eleições, principalmente em uma situação de golpe de estado em que se encontra o Brasil. A única saída é impulsionar a mobilização popular contra todos os golpistas e defender a liberdade do ex-presidente Lula. A única forma de se derrotar o golpe será por meio da luta nas ruas, da mobilização do povo.