Os Estados Unidos ordenaram o fechamento do Consulado da China em Houston (Texas). Segundo o Departamento de Estado, o objetivo é “proteger a propriedade intelectual americana e informações privadas dos americanos”. Os chineses afirmaram que se trata de uma provocação e ameaçaram com represálias.
Em declaração publicada na imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus, disse que “os Estados Unidos não tolerarão violações de nossa soberania e intimidações de nosso povo pela China, da mesma maneira que não toleramos as práticas comerciais injustas, o roubo de empregos de americanos e outros comportamentos flagrantes. O presidente Trump insiste sobre a justiça e a reciprocidade das relações sino-americanas.”
O país asiático tem cinco consulados no Estados Unidos e referiu-se ao fechamento do consulado como uma violação do direito internacional.
O episódio é mais uma na escalada de ataques por parte dos americanos contra a China. O fechamento do consulado representa um passo no sentido de rompimento de relações diplomáticas, ainda que isso seja improvável devido aos vínculos econômicos estreitos entre os dois países.
O imperialismo mundial, em especial os Estados Unidos, se encontra em uma guerra econômica contra o gigante asiático. Em diversas ocasiões, Trump anunciou o aumento da alíquota de taxação de produtos chineses. A situação mais recente é a sabotagem e perseguição contra a empresa Hwauei e seu serviço de 5G.
A questões de Hong Kong e Taiwan são dois pontos sensíveis nas relações entre EUA e China. Para os americanos, Hong Kong não deve estar subordinado à legislação do governo central da China, o que representa a perda de uma parte da soberania dos asiáticos sobre seu próprio território. No caso de Taiwan, os chineses afirmam que a ilha é uma província rebelde, enquanto os norte-americanos reconhecem sua independência política e mantém bases militares em seu território.
A guerra comercial contra a China demonstra que o imperialismo não admite concorrência e procura manter o domínio sobre o mercado mundial. O fator fundamental é impedir que os chineses avancem sobre os mercados controlados pelos países imperialistas, como as áreas de internet e tecnologia.
Os Estados Unidos, país que desfruta da maior rede de monitoramento e espionagem do mundo, acusa os chineses de espionagem. O país que detém o maior controle sobre os meios de comunicação, incluindo a internet, procura acusar a China de fazẽ-lo.
O fechamento do consulado é mais um episódio da luta do imperialismo contra a China.