Na Análise Política da Semana do último sábado (27), o companheiro Rui Costa Pimenta analisou a farsa da “luta” contra Bolsonaro que a aliança entre setores direitistas golpistas e setores da esquerda pequeno-burguesa tem como objetivo a manutenção do Bolsonaro em uma postura mais pacifica e controlada .
Contudo ainda que este fosse o ponto central dos eventos políticos da semana que termina, o aniversariante da última sexta destacou a necessidade de se fazer um balanço político sobre a situação da covid -19 no Brasil visto que as mortes diárias ultrapassam os mil mortes e um total de mais de 50 mil mortes sendo que até a população já sabe que estes dados são subnotificados. Ainda assim os governadores principalmente de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais começaram uma reabertura da economia num momento que os contágios estão aumentando, uma prova que eles não têm nada de científicos e de democráticos, e somente estavam preocupados em preservar a classe média através das medidas de isolamento que na realidade era um isolamento parcial expondo as classes populares e a preservação do sistema políticos. Com o agravamento da adesão da esquerda pequena burguesa a esta manobra política.
O balanço que se faz é que ainda Bolsonaro seja responsável pela explosão dos contágios e das mortes pelo coronavirus por não ter feito nada, os governadores também são responsáveis por não terem feito nada além de malabarismos políticos, mas a esquerda ao defender o “Fique em casa” e dizer “seja comportado” também é responsável pela situação de abandono que se encontra a população brasileira sendo necessário a união da esquerda para adoção de um programa de luta efetiva contra o corona e a crise econômica que não passa pela defesa do sistema capitalista.
O segundo ponto abordado na análise deste sábado foi o encerramento de uma batalha entre o Governo Bolsonaro e outros elementos da burguesia com a saída do Weintraub e a entrada de um técnico no Ministério da Educação. Sendo que a toda impressa burguesa está comemorando a vitória das instituições uma vez que Bolsonaro deu uma parada de fazer declarações contra o STF e o Congresso. Antecipando uma possível comemoração por parte da esquerda sobre esta postura bolsonarista o companheiro Rui aponta que não é uma vitória uma vez que a saída do Weintraub não significa nada para este governo e Bolsonaro está só ficando quieto para ganhar espaço de manobra e continuar no poder.
Isto se confirma porque os militantes bolsonaristas presos por ataques verbais a um juiz do STF foram liberados após receberem tornozeleiras eletrônicas e ainda que tenha ocorrido a prisão do “assessor da família” Fabrício Queiroz a possibilidade de um acordo entre Governo Bolsonaro e a Burguesia se torna real, pois o processo das rachadinhas foi retirado da primeira instância e o filho Flávio Bolsonaro terá foro privilegiado. Por fim a luta contra Bolsonaro resulta na permanência de Bolsonaro e os militares.
Logo a vitória do STF foi o comedimento da fala do Bolsonaro por alguns dias e a substituição de um ministro que significa trocar seis por meia dúzia uma vez que a política da destruição da educação brasileira vai continuar. O que também comprova a ineficácia da postura de partidos como o PCdB que através da UNE preferiram pedir a saída do ministro ao invés de focar no objetivo principal.
O companheiro Rui aponta que este diversionismo não altera a correlação de forças, pois a Burguesia reconhece que a base social do Bolsonaro se mantém e que a penetração do Bolsonarismo no aparato das forças de segurança continua com vários indícios que as policias militares estão cada vez mais alinhadas com o Bolsonaro o que um milhão de vezes mais importantes que a presença do Weintraub no ministério. Logo a luta da Instituição STF e Bolsonaro não mudou em relação ao fortalecimento da extrema-direita no aparelho de repressão
Sendo que enquanto acontecia esta luta o companheiro Rui destaca que dois graves ataques aconteceram contra a população e os seus direitos democráticos. Um foi a privatização da Água e outro foi a lei da “Fake News” ou seja noticias falsas. O apoio de parte da esquerda para o estabelecimento desta lei mostra que ela continua sendo facilmente atraída para campanhas que acabam se voltando contra ela como aconteceu na campanha do combate a corrupção.
O terceiro aspecto que foi destacado na analise foi a chamada Frente Ampla que se concretizou em uma ato virtual na sexta com a presença de golpistas “democráticos como FHC, Luciano Huck além de outros políticos do PSDB e de esquerdistas como Haddad, Marcelo Freixo e novo querido da Globo Guilherme Boulos sendo que Michel Temer e José Sarney também foram convidados com a anuência com da esquerda. Um tipo de frente popular. Uma unidade vazia que representa absolutamente nada visto que a não existe um objetivo comum real e os elementos desta união não contribuem efetivamente para aumentar a força de modo a alcançar o objetivo desejado. Visto que estes setores principalmente o da direita não são a favor do Fora Bolsonaro e nem lutam pela democracia uma vez que não são contra a lei da fake News ou contra a Lava jato. Por isto esta frente deve ser criticada e combatida.
Sobre a organização dos futuros atos pelo Fora Bolsonaro foi criticada a tentativa de elementos como Guilherme Boulos e Valério Arcary que querem legislar o que pode fazer em um ato publico e quais cores podem ser usadas e o PCO não aceita esta postura e portanto levará as suas bandeiras e suas faixas.
Por fim criticado a postura de ataque a estatua inclusive a derrubada da estatua de Pedro Alvares Cabral numa negação da formação do estado nacional brasileiro o que é inadimissivel pois seria negar o caráter ´progressivo da sociedade de classes no estado nacional brasileiro e que serve de preparação para a construção do estado socialista.