A taxa de desemprego vem oscilando em torno de 12,7% de desempregados e 11,6%. No período de março a maio de 2018 o desemprego estava em 12,7% e caiu até atingir 11,6% no período de setembro a dezembro de 2018. À partir desse período voltou a subir, atingindo 12,7% (novamente) no período de janeiro a março de 2019. Desde então, a taxa voltou a cair lentamente, chegando a 12%, que é o último dado publicado.
Fica claro que existe uma oscilação e que nada está realmente mudando. A imprensa capitalista vem tentado enganar o povo de forma cínica, com um malabarismo argumentativo em relação à taxa de desemprego. Transformam uma oscilação da taxa (que já aconteceu antes) em indícios de que a “economia ja mostra sinais de melhora”. Esse mantra vem sendo repetido incansavelmente pela Globo, por exemplo, junto com a promessa de que a reforma da Previdência vai fazer bombar a economia e diminuir o desemprego. Obviamente, trata-se de uma grande enganação.
As declarações de Cimar Azeredo, gerente da pesquisa do IBGE, devem causar, no mínimo, desconfiança da parte de quem vê a sua análise dos dados. No desespero de pintar a estratégia econômica da direita como algo bom, ele afirma que “parte expressiva da carteira de trabalho assinada está na indústria, que é um dos setores mais organizados e com maior nível de formalização”, sendo que a política da direita vai justamente no sentido contrário, de desindustrialização do país, de entrega de recursos naturais à preço de banana.
O interesse da direita neoliberal não é investir na infraestrutura do país (o que geraria muitos empregos), mas sim dar lucro aos grandes capitalistas, que querem sugar matéria prima do Brasil para fabricar e vender produtos com maior valor agregado, muitas vezes vendendo de volta ao Brasil um produto feita com matéria prima brasileira. Em troca, o grande capital financia os partidos políticos que visam implementar esse plano econômico. Era para o Brasil estar se beneficiando da venda de produtos com maior valor agregado e do crescimento do número de empregos junto com o crescimento das suas indústrias, mas não é isso que está acontecendo. O plano da direita para a classe trabalhadora é acabar com as leis trabalhistas e os salários, tornando tudo mais fácil aos empregadores que, “coitados”, sofrem muito no Brasil.