Da redação – Moradores de rua na Hungria que forem pegos fora de albergues serão levados à prisão ou a locais de trabalho forçado, segundo uma mudança constitucional impulsionada pelo governo de extrema-direita.
A medida começará a ser adotada na próxima semana e afetará especialmente a multidão crescente de sem teto que tomou conta das ruas de Budapeste, capital do país, desde a queda do bloco de Estados Operários do Leste Europeu, no final da década de 1980.
Hoje em dia, moradores de rua enchem parques e viadutos a cada noite em Budapeste, devido a 30 anos de ferozes ataques contra o povo húngaro, levando à amplos programas de privatização, demissões massivas, arrochos salariais e emigração para outros países europeus.
No inverno, em alguns albergues da capital com 130 camas, dormem mais de 300 sem teto, mais da metade deles espalhados pelo chão. Com a nova lei, os que se recusarem a aceitar esse tipo de condição e preferirem dormir nas ruas, serão presos ou enviados a trabalhos forçados, uma política nitidamente fascista.
O governo húngaro, encabeçado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán desde 2010, é um governo de extrema-direita que desde o começo tem reprimido moradores de rua, bem como imigrantes provenientes de países do Oriente Médio e da África.