Da redação – Na noite de Domingo (16/12), mais de 15 mil húngaros saíram às ruas de Budapeste (capital da Hungria) para protestar contra a reforma trabalhista implementada pela extrema-direita por meio do presidente Viktor Orban. Trata-se de 4ª noite seguida que os húngaros saem para protestar contra a lei que eles apelidaram de “lei dos escravos”.
A lei em si permite que a burguesia possa exigir mais 400 horas extra por ano de seus funcionários. Uma maneira super-explorar ainda mais o trabalhador, que se não aceitar as horas extras será demitido e substituído.
As manifestações demonstram duas coisas importantes. Primeiro, que existe uma profunda crise na Europa, já que elas ocorrem ao mesmo tempo em que na França um grande movimento contra as reformas neoliberais de Macron toma conta das ruas, e que portanto parece haver um grande movimento surgindo.
E segundo, que fica explícito que, em questão de atacar o povo, não existe tantas diferenças entre a direita tradicional e a extrema-direita. Na Húngria, a reforma levada adiante por Orban é digna de ser comparada com a política de Macron na França, ou Bolsonaro, Salvini e assim por diante.
Entretanto, sendo Orban um político que diverge da política do imperialismo em alguns aspectos, é possível que o movimento seja utilizado pelo imperialismo para acabar com Orban e colocar um outro neoliberal, mais domesticado.