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Humoristas russos deixam em evidência linhas estratégicas da agressão dos EUA contra a Venezuela

Caracas, AVN – Uma brincadeira telefônica deixou em evidência parte da estratégia utilizada pelos Estados Unidos em sua agressão contra a Venezuela, que engloba desde sanções econômicas ilegais até ameaças de intervenção militar direta.

Os humoristas russos Vován e Lexus (Vladímir Kuznetsov e Alexéi Stoliarov), famosos por realizar ligações fingindo que são reconhecidos políticos, se comunicaram recentemente com o enviado especial dos EUA para a Venezuela, Elliot Abrams, como se fossem o presidente da Suíça, Ueli Maurer.

Na conversa, o ‘presidente suíço’ informa a Abrams sobre a suposta identificação de várias contas bancárias ligadas ao governo da Venezuela. Diante da consulta sobre como agir, o estadunidense ordena “congelar” os fundos.

“Creio que tudo deveria estar congelado, absolutamente congelado, somente para nos assegurar de que (os ativos) permaneçam onde estão”, diz Abrams na gravação, segundo citaram Russia Today e Sputnik.

Os humoristas (imitando o presidente da Suíça) também pediram a Abrams uma base legal para congelar os ativos venezuelanos.

“Que tipo de informação querem que fornecemos?”, perguntou Abrams. “Sobre se os fundos foram obtidos de maneira criminosa ou de outra forma ilegal”, respondeu ‘Maurer’.

O alto funcionário estadunidense também advertiu sobre um possível processo que poderia apresentar o “futuro governo legítimo de Venezuela (de Juan Guaidó)” contra bancos suíços, se este país se negasse a congelar o dinheiro.

Um dado relevante que Abrams deixa em evidência, é a estratégia dos Estados Unidos contra a Venezuela, onde se inclui a asfixia financeira e econômica como elemento fundamental.

“Nós não queremos colocar o senhor (presidente da Suíça) e o Congresso nervosos. Nós queremos deixar nervosos as Forças Armadas da Venezuela. Acreditamos que seria um erro tático dar garantias de que as tropas estadunidenses não entrarão aí. Mas na realidade estamos fazendo algo diferente. Estamos fazendo o que vê. Pressão financeira, pressão econômica, pressão diplomática”, afirmou Abrams durante a ligação.

Outro elemento interessante da brincadeira, é uma conversa com Carlos Vecchio, um dirigente da direita venezuelana, que foi nomeado pelo autoproclamado Juan Guaidó como suposto encarregado de negócios com os Estados Unidos. Vecchio pergunta ao presidente suíço se conseguiu encontrar alguma conta do presidente Maduro.

Os humoristas dizem a Vecchio que o presidente venezuelano esconde seus ativos no fundo Nurlan Baidilda Ltd., uma fundação que existe, mas selecionada de maneira totalmente aleatória para a brincadeira. No entanto, Vovan e Lexus (personificando o presidente da Suíça) dizem a Vecchio que não podem bloquear contas sem motivo e pedem que filtre essa informação à imprensa para criar um escândalo internacional.

Segundo Sputnik, Carlos Vecchio aceita e pede um rascunho do texto para “não cometer nenhum erro”. Enquanto isso, publica a informação inventada sobre o fundo Nurlan Baidilda Ltd. em sua conta no Twitter.

Nesse mesmo dia, a revista financeira Bloomberg aparece com uma matéria intitulada “Maduro poderia ter milhões no fundo Baidilda” citando Carlos Vecchio.

A brincadeira telefônica aconteceu no final de fevereiro, em meio a um ataque sistemático internacional liderado pelos Estados Unidos contra o governo legítimo do presidente, Nicolás Maduro Moros.

Os humoristas russos já fizeram várias ligações parecidas, usando nomes falsos e conversando com altas figuras políticas, entre elas, a ex-ministra da Defesa da Espanha, María Dolores de Cospedal; o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan; a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley e o governador de Guam, Eddie Baza Calvo. Inclusive afirmam ter conversado com o músico britânico, Elton John.

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