Para comemorar os 50 anos do jornal O Pasquim, o Sesc ipiranga inaugurou ontem (terça-feira, 19/11) a exposição O Pasquim – 50 anos. Na exposição, terão um conjunto de edições originais, além de fotos, livros e revistas que mostra como Jaguar, Sérgio Cabral, Tarso de Castro, Claudius, Ziraldo, Fortuna, Henfil, Ivan Lessa, Paulo Francis, Luiz Carlos Maciel, Sérgio Augusto, além do próprio Millôr e vários outros confrontavam o governo militar de 1964.
O Pasquim foi um semanário alternativo brasileiro, editado à partir 26 de junho de 1969 até 1991. Era um jornal que misturava elementos da contracultura da década de 1960 com a crítica humorística à Ditadura Militar, questionando a moral e os bons costumes defendidas pelos que estavam no poder.
Surgindo no período mais duro da Ditadura Militar – após o AI-5 que fortaleceu os absurdos do regime ditatorial – o semanário iniciou com uma tiragem de 20 mil exemplares, mas em seu auge, durante os anos da década 1970, atingiu a marca de 200 mil exemplares por semana.
No início, realizava críticas principalmente do ponto de vista da cultura, falando sobre sexo, drogas, divórcio, emancipação da mulher e assim por diante. Mas, à medida que foi aumentando a repressão do regime militar, o jornal foi se tornando mais politizado.