Em meio a crise do vírus Corona, que passa a afetar profundamente a população brasileira, seja em suas ações do dia a dia ou na contaminação que leva consigo um elevado número de mortes, um dos principais equipamentos hospitalares responsáveis por manter as pessoas infectadas vivas está em falta.
Aqueles contaminados pelo vírus, quando agravada a situação do paciente, passam a ter sério problemas respiratórios, ao ponto que para manter-se vivo a única solução é se utilizar de uma forma artificial de respiração.
Contudo, em meio a pandemia mundial, com dezenas de milhares de pessoas morrendo devido ao vírus, o governo brasileiro permitiu que rapidamente todas as principais formas de salvar a vida dessas pessoas não fossem garantidas.
Muitos hospitais já passam sérias dificuldades para atender os pacientes, isso levando em conta que o Brasil nem chegou no ápice da pandemia, tendo a tendência clara que se agravar muito mais no próximo período.
Se antes para o fluxo normal de pessoas o sistema de saúde não dava conta, agora o colapso é generalizado.
Para entender o tamanho do abismo, os aparelhos respiratórios, necessários de imediato para manter vivo os milhares de pacientes infectados, só poderão ser entregues em um prazo de pelo menos 15 dias pelas empresas que fabricam.
Sendo que a quantidade pedida e garantida para este prazo é de 15 mil aparelhos, um número que não dá conta nem da quantidade de contaminados que temos hoje e passaremos a ter nas próximas semanas.
De acordo com as expectativas da Abimed, entidade que representa os maiores fabricantes do aparelho no Brasil, um número maior só poderá ser entregue entorno de 30 a 45 dias. Ou seja, o povo que morre hoje por não poder respirar terá que esperar mais de um mês.
Com isso, apenas um resultado é óbvio: o governo brasileiro está permitindo que até lá, justamente durante o período que é esperado que ocorra o ápice, o povo morra nos hospitais.
É preciso um plano imediato das organizações populares em combate a crise e o governo, as indústrias precisam ser estatizadas e a produção deve funcionar conforme a necessidade e a urgência, não de acordo com os interesses capitalistas.