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intervencionismo imperialista

Hong Kong: a “revolução popular” do imperialismo

Os protestos em Hong Kong são instrumentalizados diretamente pela Casa Branca para favorecer os interesses dos EUA na região

O cinismo e o descaramento do imperialismo norte-americano parece mesmo não conhecer limites, quando se trata de propagar pelo mundo sua política de agressão, ataque à soberania e à autodeterminação de outros povos e nações, assim como a ingerência nos assuntos internos de países independentes. Em franca decadência em todas as partes do planeta, o capitalismo da era imperialista (etapa de guerras, destruição das forças produtivas e das conquistas materiais, sociais e culturais da humanidade) somente pode sobreviver sob sua forma mais vil e perniciosa, o que em outras palavras significa dizer que a continuidade do regime de exploração calcado na propriedade privada dos meios de produção é uma ameaça à sobrevivência da própria civilização humana em todo o planeta.

Como uma embarcação sem bússola, desorientado e à deriva, o imperialismo norte-americano adota a política do vale-tudo para fazer valer seus interesses de rapina ao redor do mundo. A guerra comercial contra a China, provocada pelos próprios homens de Washington e Wall Street, expõe uma das contradições mais agudas da etapa atual, um indício claro da desagregação do sistema em seu conjunto. Os EUA vêm fazendo do confronto comercial contra o gigante asiático uma disputa que vai muito além do controle mundial do mercado por determinados ramos da economia, estendendo-se pela esfera dos interesses políticos e geoestratégicos em toda a Ásia, particularmente neste momento na região semi-autônoma de Hong Kong, território pertencente à República Popular da China.

Os protestos, de caráter abertamente direitista que se arrastam em Hong Kong há alguns meses, longe de representar qualquer luta em defesa da autonomia e autodeterminação da cidade – como quer fazer crer a “oposição” que lidera o movimento – são antes manifestações organizadas pela direita pró-imperialista, com o propósito claro de abrir uma linha de confronto com o governo de Pequim, ao mesmo tempo se colocando como força auxiliar reacionária do imperialismo norte-americano e seus interesses econômicos, políticos e militares nesta importante região do globo terrestre.

Para que não haja qualquer dúvida sobre o caráter inequivocamente direitista e pró-imperialista das mobilizações em “defesa da democracia” em Hong Kong, o próprio presidente norte-americano, Donald Trump, se encarregou de deixar as coisas às claras. Trump sancionou, na semana passada, um projeto de lei que é nada mais do que um grotesco e provocativo insulto aos chineses, pelo caráter abertamente intervencionista nos assuntos internos de um território que pertence legalmente à China, portanto, que está sob a administração do governo de Pequim.

Em comunicado, o direitista Trump declarou que: “Eu assinei essa lei em respeito ao presidente Xi [Jinping], à China e à população de Hong Kong”. “A lei está sendo promulgada na esperança de que os líderes e representantes da China e de Hong Kong possam resolver amigavelmente suas diferenças, levando a paz e a prosperidade a longo prazo para todos”(InfoMoney, 28/11). É possível identificar desfaçatez e cinismo maior? Parece impossível, em se tratando de Donald Trump.

O fato inconteste é que os que estiveram à frente organizando as manifestações e os protestos contra o governo chinês em Hong Kong estão sendo recebidos em Washington por toda a direita e extrema direita norte-americana, participando de eventos promovidos pelos fascistas norte-americanos e sendo condecorados como lutadores em “defesa da democracia” por um sem número de organismos e instituições norte-americanas (em sua maioria neofascistas de extrema direita), cuja atividade principal é financiar movimentos que se dedicam a atacar e caluniar o regime chinês, acirrando a disputa e o confronto comercial, político e militar com a grande nação asiática.

A lei sancionada por Trump, sem qualquer oposição do senado americano, é um  verdadeiro tratado em defesa dos interesses estratégicos dos EUA na região e para fazer valer a política externa de Washington em sua luta contra a China. Denominada “Lei de Direitos Humanos e de Democracia de Hong Kong”, prevê, dentre uma série de desatinos “que o governo dos EUA examine atentamente se Hong Kong aplica as  sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Coréia do Norte e o Irã em particular, juntamente com qualquer outro país que Washington considere que “represente uma ameaça à segurança nacional, à política externa ou à economia dos Estados Unidos” (The Grayzone, 28/11).

Indo mais além, “a legislação exige que o governo dos EUA examine minuciosamente se Hong Kong aplica as leis de controle de exportação e a política comercial dos EUA em relação à China, com o objetivo de “proteger as empresas dos Estados Unidos em Hong Kong contra a coerção econômica e o roubo de propriedade intelectual” (Idem, 28/11). O projeto também prevê que “se o governo dos EUA descobrir que essas “liberdades e autonomia fundamentais em Hong Kong” estão sendo prejudicadas – isto é, que Hong Kong não está promovendo suficientemente os interesses da política externa dos EUA, em termos de sanções contra inimigos oficialmente designados e a guerra comercial do governo Trump com a China – o novo ato fornece justificativa legal para os EUA imporem sanções à China” (Idem, 28/11).

A intromissão dos EUA em Hong Kong é a demonstração cabal de que a política do imperialismo é a mesma em todos os lugares, onde os capitalistas e sua representação política, a extrema direita fascista instalada na Casa Branca, no parlamento e outras instituições financiadas pelos bilionários direitistas “macarthistas”, buscam impor os interesses do grande capital através da cooptação, da chantagem e da corrupção para esmagar a luta dos povos oprimidos em todo o mundo.

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