Neste domingo (27) o povo hondurenho saiu as ruas contra o governo golpista decorrente do golpe de 2009. As manifestações espalhadas por todo o país foram feitas no aniversário de 1 ano da posse do presidente golpista Juan Orlando Hernández. Foi o Partido Libertad y Refundación (Libre) que fez o chamado para ir as ruas e protestar contra a fraude eleitoral.
O presidente do Libre, Manuel Zelaya, que 2009 sofreu um golpe de estado encabeçado pelo imperialismo através da Suprema Corte de Justiça de Honduras, elegendo seu oponente (Porfirio Lobo Sosa) nas eleição seguinte, é a principal figura atrás dos protestos. Seu partido é decorrente da crise pós golpe, e se coloca como uma das principais oposições à investida da direita no país.
A principal causa das manifestações é a indignação popular contra a fraude eleitoral de 2017 que elegeu Juan Orlando Hernández. A um ano atrás o povo ocupava as ruas da capital do país, Tegucigalpa, sendo fortemente reprimidos pelas forças de segurança, repressão esta repetida na mesma medida no aniversário da posse. A tensão era tão grande que o local e horário da posse do usurpador foram mantidos em segredos até poucas horas do evento.
A oposição de esquerda também cita o artigo 3 da Constituição de Honduras que diz:
ARTICULO 3.-Nadie debe obediencia a un gobierno usurpador ni a quienes asuman funciones o empleos publicos por la fuerza de las armas o usando medios o procedimientos que quebranten o desconozcan lo que esta Constitucion y las leyes establecen. Los actos verificados por tales autoridades son nulos. el pueblo tiene derecho a recurrir a la insurreccion en defensa del orden constitucional.
ARTIGO 3.-Ninguém deve obediência a um governo usurpador ou àqueles que assumem funções ou empregos público pela força das armas ou usando meios ou procedimentos que violem ou ignorem o que esta Constituição e as leis estabelecem. Os atos verificados por tais autoridades são nulos. As pessoas têm o direito de recorrer à insurreição em defesa da ordem constitucional.