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América Latina em chamas

Honduras: fora Hernández! Fora o imperialismo da América Latina

Povo hondurenho, assim como vem ocorrendo em vários países da América Latina, está nas ruas pedindo a derrubada de seu regime golpista

Desde a quarta-feira da semana passada o povo hondurenho vem se mobilizando pela queda do ditador golpista Juan Orlando Hernández. Ao contrário do que aponta a esquerda pequeno-burguesa, como os morenistas do Izquierda Diario, seguindo a propaganda da imprensa burguesa, a população não tem como pauta principal o envolvimento do presidente com o narcotráfico, mas sim a luta para derrubar a ditadura imposta em 2009.

Os protestos fecharam estradas com multidões nas ruas e também incêndio de veículos, incluindo da polícia. A repressão foi brutal, como de costume. Na última sexta-feira (18), quando os manifestantes marcharam pelas ruas de Tegucigalpa (capital do país) e chegaram nas redondezas da Casa Presidencial, as forças da ordem lançaram gás lacrimogêneo contra a passeata.

Manuel Zelaya, presidente derrubado pelo golpe dez anos atrás, foi uma das lideranças que convocaram as jornadas de protestos. Ele afirmou que o povo hondurenho “não aceita estar governado por uma ditadura”.

Ele tem se destacado como o principal líder político do país. Entretanto, não foge dos limites do nacionalismo burguês, mobilizando a população de maneira extremamente moderada e acreditando nas instituições, em última instância, mesmo quando denuncia que estão controladas pela ditadura.

“É preciso conversar com os setores sociais, empresariais, a igreja, a sociedade civil e grêmio [estudantil], com todos os setores… para preparar uma saída democrática para Honduras”, afirmou Zelaya à emissora HRN.

Além disso, o seu braço direito, e que também foi o candidato do Partido Liberdade e Refundação (LIBRE) nas eleições presidenciais de 2017, Salvador Nasralla, é um político “outsider” no sentido de ser um apresentador de televisão com uma política direitista, totalmente descolada das massas populares e do próprio Zelaya.

O ex-presidente mesmo reconheceu isso, ao afirmar que “Salvador diz que não é nem de direita nem de esquerda, que é de centro”.

Eis aí uma grande semelhança da esquerda hondurenha para com a brasileira e, em geral, a esquerda mundial. Não consegue se desligar dos elementos direitistas, das alianças com os partidos burgueses, golpistas e de direita, alimenta a crenças nas instituições e em uma “saída democrática” para as crises causadas pelas ditaduras golpistas.

O povo hondurenho pede a queda do ditador Hernández, um dos principais responsáveis pelo estado de completa miséria, pauperização, fome e repressão no país centro-americano, um verdadeiro fantoche do imperialismo para submeter o seu próprio povo e entregar Honduras aos grandes monopólios internacionais.

Assim como em todo o continente – Equador, Chile, Haiti etc. -, os hondurenhos se levantam contra o regime dos golpistas, a fim de derrubá-lo. No entanto, as direções da esquerda, em todos esses países – tal como no Brasil -, não mobilizam corretamente (isso, quando mobilizam) a população, dirigindo o movimento para depor o regime e levantando a questão da tomada do poder político. Assim como nesses países, o povo hondurenho pede a queda de seu presidente usurpador, e também o fim do domínio imperialista, que submete a população a uma situação cada vez mais degradante em todo o continente. Fora Hernández! Fora o imperialismo da América Latina!

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