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Bolívia

Homenagem a assassinos de Che escancara o fascismo na Bolívia

Presidenta golpista e seu governo prestam homenagem aos militares da ditadura de René Barrientos Ortuño, que assassinaram o líder revolucionário Ernesto Che Guevara

O governo golpista de Jeanine Añez, que se instalou no poder da Bolívia após o golpe de estado em novembro do ano passado, comemorou os 53 anos da morte de Ernesto Che Guevara no dia 9 de outubro, homenageando os militares que o prenderam e o executaram na comunidade de La Higuera.

Mais uma vez o governo ilegítimo da Bolívia demonstra sua servidão ao imperialismo e sua política fascista. Che era o homem mais procurado pela CIA, que temia que ele conseguisse realizar uma revolução em toda a América Latina e acabar com o domínio estadunidense na região. Fora isso, o próprio ditador boliviano René Barrientos Ortuño foi quem pediu que Che fosse imediatamente executado.

Sobre isso, o ex-agente da CIA que acabou desertando e indo viver em Cuba para fugir da perseguição dos EUA, disse: “não havia ninguém mais temido pela empresa (CIA) do que Che Guevara porque ele tinha a capacidade e o carisma necessários para dirigir a luta contra a repressão política das hierarquias tradicionais no poder nos países da América Latina.”.

O governo golpista da Bolívia tenta com isso apontar que irá se submeter ao imperialismo ainda mais e, inclusive, aumentar a repressão contra aqueles que se insurgirem contra a ditadura que se instaurou no país após a queda de Evo Morales.

Não à toa, a homenagem aos militares da ditadura que assassinaram um dos maiores heróis da história da América Latina aconteceu 9 dias antes das eleições Bolivianas.

É praticamente certeza que as eleições irão ser fraudadas de alguma maneira para que o MAS, partido de Evo, não chegue novamente no governo, já que seu candidato, Luis Arce, tem grandes chances de vencer já no primeiro turno. Surgiram denúncias, inclusive, de que a extrema direita estaria preparando atentados “falsos positivos” para antes, durante e depois do pleito, com o intuito de jogar a culpa no MAS e justificar sua retirada da corrida eleitoral.

Sobre tudo isso, Añez disse durante a homenagem aos assassinos de Che: “a lição que nós, bolivianos, demos ao mundo, com a derrota e a norte de “Che” Guevara na Bolívia, é que a ditadura comunista aqui não tem passagem, nem a comunista, nem a fascista, nem a populista.”. O “populismo” ao qual Añez se refere é a política do MAS, enquanto o “fascismo” está ai somente para fazer demagogia, já que ela mesma é uma fascista.

Outro que prestou homenagens aos militares da ditadura foi o ministro da defesa boliviano Fernando López Julio, que ameaçou a Argentina, a Venezuela e Cuba, dizendo que esses países nunca conseguirão ser vitoriosos na Bolivia. Essa fala também não é despretensiosa e aponta aquilo que este diário vem levantando há muito tempo, que a direita que tomou controle da América Latina com os golpes de estado pretende invadir a Venezuela.

O país, inclusive, não tem nada a ver com a história de Che. Poderia ser dizer que a Argentina é o país onde nasceu Ernesto Guevara, enquanto Cuba é o país em que o guerrilheiro conseguiu fazer a revolução, mas, o que dizer da Venezuela?

Citar a Argentina também é um ataque ao MAS, já que Evo Morales reside exilado nesse país agora.

Porém, diante de tudo o que foi dito pelos direitistas na Bolívia, devemos ficar com as últimas palavras de Che Guevara, segundo seu próprio Carrasco, Mario Terán: “você só vai matar um homem!”. O homem, Che, morreu. Mas a revolução e a força da classe operária, junto de todos os oprimidos, não. E é isso o que temem os direitistas que tomaram o poder na Bolívia.

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