Na manhã da segunda-feira (13), Daniel Pedroso de Moraes, 74 anos, foi baleado por um segurança dentro da agência do Bradesco localizada em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. O segurança que realizou o disparo foi preso em flagrante por tentativa de homicídio.
Em estado muito grave, o idoso foi socorrido , levado ao Hospital das Clínicas e teve que realizar uma cirurgia de emergência. De acordo com informações cedidas pela polícia, Daniel estava em recuperação de uma operação de próstata que havia feito há 20 dias.
O momento em que Daniel foi baleado foi registrado pelas imagens das câmeras de segurança do banco. Nelas, é possível ver o idoso avançar contra o vigia depois de passar pela porta giratória e agredir o funcionário com empurrões e tapas. Em seguida, é atingido por um tiro na barriga e cai no chão.
Durante o depoimento, o segurança disse que Daniel não seguiu as orientações de segurança e quis entrar no banco sem mostrar o conteúdo da mochila que carregava. Por isso, uma discussão começou e o aposentado, irritado, colocou a mochila no porta-volumes da porta , entrou na agência e tentou agredir o segurança. Diante da situação, o vigia disparou duas vezes a arma com o intuito de acertar o idoso.
De acordo com Moisés Leite Tavares, delegado do 22º Distrito Policial de São Miguel Paulista, “o fato de ter atirado para tentar conter o homem é uma clara demonstração de despreparo. O projétil podia ter ricocheteado e atingido outras pessoas”.
Na verdade, obviamente não é “despreparo”. Assim como os PMs não são despreparados, os seguranças privados também não o são. São treinados e pagos para reprimir o povo, como ocorreu em relação a um segurança do supermercado Extra no início deste ano no Rio de Janeiro, que simplesmente assassinou um jovem negro que estava no estabelecimento. Tratam-se de ações fascistas. É bom lembrar que a base fascista é recrutada especialmente dentro das corporações de repressão do Estado, mas também em empresas de segurança privada, por exemplo.