O Conselho é composto por 9 integrantes titulares e 9 suplentes. Destes foram excluídos 3 cineastas e nomeados outros 15 representantes. Nesta mudança apenas o cineasta Bruno Barreto se manteve e entidades como a Apaci (Associação Paulista de Cineastas) e a Abraci (Associação Brasileira de Cineastas) também perderam espaço. Estas são entidades que reúnem cineastas independentes que agora vão ficar sem voz na decisão sobre o cinema brasileiro.
No lugar foram colocada as “raposas” do mercado, como a representante da Netflix para assuntos institucionais, Paula Karol Pinha, um representante da Motion Picture Association of America (MPA), entidade representativa de alguns estúdios de Hollywood, ou seja, os Estados Unidos definindo o que vai e o que não vai ser feito com o cinema nacional. Há ainda o presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Leonardo Palhares, que já defendeu abertamente posições favoráveis ao Google e Facebook.
O conselho também é composto de representantes da imprensa golpista, como Hiran Silveira da Record e Marcelo Bechara Hobaika da Globo. Outros membros são um representante da Paris Filmes, Márcio Fraccaroli e uma pessoa assumidamente contrária à cota de filmes nacionais nas salas de exibição, Ricardo Difini Leite.
A jogada principal está em relação à política definida para o chamado VOD (Vídeo sob demanda), por isso a representante da Netflix no conselho. Não há ainda uma regulação definida para este mercado que é inteiramente internacional.
É a entrega de mais um patrimônio nacional para as mãos do imperialismo.
Este órgão público de extrema importância para definir os rumos do cinema nacional agora está tomado por integrantes golpistas e imperialistas que vão promover mais uma destruição de um ramo da indústria brasileira. Depois de destruir a indústria da construção civil, das carnes, das livrarias e editoras, a indústria petrolífera, a aviação entre outros, o governo golpista agora vai entregar na mão dos capitalistas norte-americanos a pouco desenvolvida indústria do cinema nacional.
É mais um ataque à liberdade de expressão do povo brasileiro que vai ser sujeitado às produções medíocres da Globo Filmes e as produções milionárias do pior do cinema norte-americano. É a colonização do cinema nacional. Vai ser um retrocesso sem limites que vai enfraquecer o cinema brasileiro e os milhares de profissionais da área.
É necessário um movimento nacional que impeça mais este ataque contra a soberania brasileira. Abaixo o golpe de estado no cinema brasileiro.