Nesta quinta, dia 20, a Câmara Municipal de São Paulo pautou a votação do Projeto de Lei “Escola sem Partido”.
Querem empurrar o ataque na calada da noite, na véspera do fim de ano, quando os professores estão para entrar de férias. A iniciativa se dá também no momento em que os mesmos direitistas que defendem a perseguição aos educadores querem aprovar (provavelmente entre os dias 26 e 28, ou seja, entre as festas de Natal e Ano Novo) a “reforma” da Previdência municipal contra os servidores. Pela medida, professores e demais servidores da Prefeitura terão redução nos salários. Isso mesmo, passaram a ter descontos de 14 a 19% para a Previdência (contra os atuais 11%).
A tentativa de aprovação do PL ocorre também quando há, em todo o País, um retrocesso pela aprovação dessa legislação reacionária. Como no caso da Câmara Federal, onde o processo foi arquivado na semana passada. Isso diante da profunda rejeição que a medida vem recebendo de amplas parcelas e, principalmente da mobilização que está se levantando contra os ataques aos educadores, com manifestações em escolas e universidades, criação de comitês etc.
A proposta da Escola com Fascismo é um dos principais eixos de ataque à categoria dos professores defendida pela direita e pela extrema-direita golpista. Após a eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, os setores golpistas não querem perder tempo e aprovar ainda no final desse ano esse projeto que, na prática, estabelece a censura e a perseguição política contra milhares de educadores.
Nesse sentido é preciso reagir de maneira imediata à ofensiva da direita golpista contra os educadores.
O Comitê de luta pela Educação Sem Censura, integrado pelas principais entidade sindicais dos professores paulistas, Educadores em Luta/PCO estão convocando os professores de São Paulo à comparecerem à sessão da Câmara Municipal, à partir das 15 horas, nesta quinta, dia 20.
É preciso fazer dessa iniciativa um ponto de partida para uma ampla mobilização em todas as escolas, de todos os setores da comunidade escolar, com professores, estudantes, pais e funcionários, para impedir, por meio da mobilização, que a proposta seja votada, como querem os golpistas, e que sigam os ataques contra os professores.
Somente a mobilização popular pode impor uma derrota à direita. Todos à Câmara para impedir que os golpistas imponham uma Lei a favor da censura e da perseguição política nas escolas.