Hoje, milhares de trabalhadores, estudantes, mulheres, negros, sem terra, sem teto, enfim, toda a população oprimida, saem às ruas do País.
As principais reivindicações são vacina para todos com quebra das patentes, auxílio emergencial e criação de empregos.
As reivindicações
É preciso exigir dos governos, todos genocidas, sejam eles o federal, estaduais ou municipais, a vacinação imediata da população. É obrigação do governo conseguir as vacinas, nem que para isso recorra à quebra das patentes para trazer as vacinas ao País contra o monopólio criminoso da indústria farmacêutica.
O auxílio de R$150 é um escárnio contra o povo. Mesmo os antigos R$600, que atingiram pouca gente, já eram insuficientes. Diante de uma inflação galopante que transforma em exorbitantes os preços dos produtos mais básicos e das contas que o trabalhador tem de pagar todo o mês, é preciso exigir um auxílio de no mínimo um salário mínimo.
São cerca de 90 milhões de desempregados reais no País. Os trabalhadores, assim, arruínam-se a cada dia. Contra essa situação, é preciso exigir a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais sem redução salarial – trabalhar menos para que todos trabalhem. Conjuntamente, é necessária uma política de contratação em massa de trabalhadores para obras públicas e de infraestrutura.
Extremamente necessária é a reversão das privatizações. A recuperação das empresas estatais, além de serem a retomada do patrimônio público roubado pelos capitalistas na época de FHC, geraria milhões de empregos para os trabalhadores.
As mobilizações
Após mais de um ano paralisadas, as direções da esquerda atenderam ao chamado das bases. São atos populares espalhados por dezenas de cidades do País inteiro.
Mobilizações começam a tomar conta do Brasil, mesmo que aos poucos. Diversas categorias, como os professores, metroviários, rodoviários, portuários e petroleiros vêm ensaiando greves e movimentações classistas.
Os trabalhadores têm realizado uma grande pressão por um movimento contra a direita, que se expressa nas greves e nos atos dos dias 27 de fevereiro, 31 de março, 1° de maio e deste 29 de maio.
Cada um desses atos foi o resultado dos atos e movimentações anteriores. A tendência dos trabalhadores é justamente à mobilização nas ruas, a um enfrentamento direto e radical contra a direita golpista e o governo Bolsonaro, contra a extrema-direita e a burguesia.
A situação na América Latina também influencia para empurrar a tendência da população para a esquerda. São gigantescas mobilizações de massas na Colômbia, no Chile, no Paraguai, no Peru e em outros países do continente no último período.
Ao contrário do que muitos pensam, o Brasil também não está longe de explodir em termos de um amplo movimento social de massas. A chacina do Jacarezinho foi uma pequena amostra do que podem fazer as manifestações espontâneas dos oprimidos, com inúmeros atos por todo o País logo após o massacre.
A candidatura de Lula é outro fator de agitação entre as massas, uma vez que elas a veem como alternativa à barbárie causada por Bolsonaro e pelo conjunto do direita.
É preciso fazer destes atos de hoje o passo inicial para uma grande jornada de mobilizações de massas, organizando os trabalhadores em um movimento radical de luta contra os golpistas e pelas reivindicações populares.
É preciso se manter nas ruas, pois elas são o único caminho para que os explorados possam assegurar que suas necessidades sejam atendidas, através da sua organização independente. Formar um gigantesco movimento por Fora Bolsonaro e todos os golpistas.