O massacre em Paraisópolis promovido pela Polícia Militar deixa, além da dor, da revolta e do ódio, dois ensinamentos. Primeiro que a burguesia golpista está organizada para promover o terror mais bárbaro contra a população pobre e trabalhadora, para se manterem no poder, e que a Polícia Militar é tão e somente um instrumento chave a serviço desta política de terror.
Em segundo lugar, a defesa que o Estado, dominado pelos golpistas da extrema-direita, fez da barbárie policial em Paraisópolis mostra muito claramente que qualquer via que não seja a rebelião das massas, sua mobilização revolucionária contra a tirania e opressão que sofrem está fechada.
Estas duas conclusões tornam-se cada vez mais conscientes para milhões de cidadãos brasileiros que veem suas condições de vida decair drasticamente ao mesmo tempo que aumenta vertiginosamente a repressão estatal. São dois elementos centrais do regime político que a burguesia golpista está edificando sob a liderança da extrema-direita bolsonarista, ou seja, a extrema exploração com a extrema repressão, quer dizer, um regime verdadeiramente tirânico contra a população.
A polícia mostrou e dá mostras diárias de qual é o seu papel nesse regime semi-ditatorial dominado pelos golpistas: a repressão selvagem contra as massas trabalhadoras, pobres, negra do país para defender burguesia e seus aliados.
A Polícia manifesta cada vez mais sua essência na medida em que se consolida o poder da extrema-direita bolsonarista. É preciso mobilizar-se contra essa máquina de guerra contra o povo brasileiro que é a PM, e que se constitui como um dos pilares do poder da extrema-direita que oprime o povo e destrói a economia nacional. É preciso criar um amplo movimento democrático pela extinção da PM e em defesa dos direitos democráticos do povo pobre e trabalhador. Não pode haver democracia com a existência da PM e vise e versa.
O primeiro passo no sentido de desenvolver essa campanha foi dado, hoje às 19 horas no Masp, na avenida Paulista em São Paulo, o Partido da Causa Operária e os Comitês de Luta contra o Golpe convocam o primeiro ato público pela dissolução da PM e contra o massacre da população pobre e, principalmente pela saída do governador fascista João Doria. É necessário levantar imediatamente essa bandeira e ampliar o debate em torno dela.
Mais uma dezena de jovens pobres assassinados sumariamente pela polícia de João Dória. A PM tem que acabar! Dória tem que cair! Organizar o a periferia, os trabalhadores e o movimento popular pelo #ForaDória já! #DóriaAssassino
Hoje, todos ao Masp!