Em um decreto emitido no dia 13 de abril, o governador tucano de São Paulo, João Dória Jr., suspendeu a antecipação do 13º salário para os trabalhadores da saúde, em mais um ataque criminoso contra a classe trabalhadora. Se a medida de antecipação do 13º seria, por si só, um escárnio, tendo em vista que a ajuda oferecida deveria ser muito mais ampla, a suspensão desta pode ser considerada um crime.
Depois de ter oferecidos máscaras de qualidade baixíssima para os profissionais e de antecipar o fim da quarentena em pleno pico da pandemia, agora Dória cortará uma “ajuda” miserável, sendo a única coisa que o estado teve a oferecer pra esses trabalhadores. Justo o setor mais ameaçado pela pandemia do coronavírus – segundo dados recolhidos entre os principais hospitais do estado no dia 13 de abril, foram afastados mais de 3.000 profissionais da saúde por suspeita de coronavírus e confirmados 718 casos da covid-19 entre eles.
Além desta verdadeira sentença de morte proferida pelo governo de São Paulo aos profissionais da linha de frente da luta contra o coronavírus, Dória também atacou outras categorias do funcionalismo público: suspendeu o 13º de todos os setores, suspendeu também as novas admissões, a conversão em abono financeiro de um terço das férias do empregado público, os concursos públicos em andamento, entre outros ataques.
O que é preciso ficar claro é que Dória representa a mesma política de Bolsonaro. Uma boa parte da esquerda acreditou que ele colocava em prática uma política oposta e o alçou à condição de “herói do povo”, mas ataques como esses citados demonstram que ele é também um dos representantes da burguesia vampiresca que quer promover o genocídio da população.
A luta política pelo Fora Bolsonaro, fundamental no atual momento político e já levantada por uma parte mais consciente da população, deve também vir acompanhada da luta pelo Fora Dória e os outros governadores da extrema-direita que não fazem nada além de atacar os trabalhadores.