Da redação – Além de industrial, o norte-americano Henry Ford também era escritor. Seu livro “O judeu internacional” é uma compilação dos textos escritos no jornal “The Dearborn Independent” do qual era proprietário. Nele, explicita suas teorias em que os judeus planejavam dominar o mundo. Estes artigos de Ford, recheados de ideias antissemitas, serviram de inspiração para Adolf Hitler, um admirador de Ford, desenvolver suas próprias teorias. Exemplo disso, é a dedicatória para Ford presente na primeira edição do livro Mein Kampf– “Minha Luta” em alemão – além de um retrato do empresário pendurado em uma das paredes do seu escritório, em Munique. Costumava, também, elogiar Ford publicamente.
Nazista convicto e assumidamente antissemita, Henry Ford foi um dos capitalistas que financiou Hitler. Considerado o maior colaborador estrangeiro do Terceiro Reich, como prova da admiração de Hitler por ele, foi condecorado, em 1938, com a “Cruz de Suprema Ordem da Águia Alemã”, uma medalha considerada como a mais alta honraria que poderia ser concedida pela Alemanha nazista aos colaboradores estrangeiros.
A companhia Ford, entre os anos de 1938 e 1945, teve o tamanho dobrado na Alemanha e criou unidades que fabricavam exclusivamente veículos militares. Durante este período, chegou a fornecer um terço dos caminhões utilizados na frota nazista. Porém, Ford lucrou com os dois lados da guerra, pois produziu veículos tanto para os Aliados (EUA, França e Inglaterra) quanto para os nazistas.
Este apoio de industriais capitalistas a Hitler será discutido no curso de formação teórica marxista da 43ª Universidade de Férias do PCO. Ministrado por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, entre os dias 12 a 27 de janeiro de 2019, o curso terá como tema “Fascismo, o que é e como combatê-lo”. Para realizar a sua inscrição, acesse o link