Em entrevista à revista Isto É, o ex-ministro Henrique Meirelles, secretário da Fazenda do governo João Dória (PSDB-SP), apresentou os planos para levar a cabo o projeto de “desestatização”, assume a real intenção do governador: passar para a iniciativa privada “tudo o que for possível”, incluindo o Rodoanel, as Marginais Tietê e Pinheiros, estradas, hidrovias, portos, aeroportos e até presídios.
A última decisão foi incluir a companhia de águas e esgotos, a Sabesp, nessa lista.
O secretário expôs as intenções entreguistas do governo neoliberais do PSDB, que está à frente do Estado há quase 25 anos. Dória quer repetir no Estado o projeto entreguista adotado quando foi prefeito da Capital, incentivando a devastação e a entrega de qualquer patrimônio que venha a existir no estado.
Meirelles afirma que a previsão de arrecadação com as privatizações é necessária para cobrir o que falta do orçamento do Estado, que segundo ele, é insuficiente: R$ 231 bilhões. Se mesmo com esse valor aviltante não se consegue organizar a demanda do estado por infra-estrutura básica, de que adiantaria a venda das principais empresas estatais a “preço de banana”?
Essas privatizações vão intensificar a devastação econômica do Estado mais rico da federação. A contrapartida não existe, a não ser para essas empresas que vão lucrar milhões às custas do povo.
Ao ser questionado sobre a privatização dos setores essenciais, como água e esgoto e o pouco interesse que as empresas privadas têm em explorar áreas em situação de vulnerabilidade e pobreza, em oposição às áreas mais lucrativas, afirmou que as empresas não poderão investir apenas no que chamou de “fillet mignon”. Na prática sabemos como funcionam as empresas privadas: lucro acima de tudo, migalhas para quem precisa.
É preciso afastar essa ideia de que a privatização é um bom negócio, e mobilizar a população contra o governo fascista de Dória. O seu projeto é na verdade a devastação de São Paulo, e se não houver resistência, o povo vai é continuar morrendo de fome, sem estrutura básica para viver. Este governo deve ser derrubado pelo povo nas ruas!