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Frente ampla?

Haddad propõe pacto com Ciro, Alckmin e toda a direita golpista

O país se encontra polarizado, a política da burguesia e a dos trabalhadores se chocam de maneira explícita, e o tempo de conciliação claramente não existe mais.

Em meio à profunda crise social provocada pelo governo golpista de Jair Bolsonaro, os agentes da política nacional têm levado a cabo uma série de manobras confusionistas. Foi afirmado por Fernando Haddad que o candidato do PT seria ele, enquanto Guilherme Boulos, do PSOL, amplamente propagado pela imprensa burguesa, disse que não seria o momento de colocar em questão uma candidatura, mas de “debater projetos”, algo abstrato o bastante para significar qualquer coisa.

Tais manobras, obviamente, têm um propósito claro, de impedir a população de eleger seu próprio candidato: o ex-presidente Lula. A situação política do Brasil é marcada pela miséria disseminada, consequência direta do golpe de Estado de 2016, cujos governos, tanto de Michel Temer como de Bolsonaro, jogaram aos trabalhadores o peso da crise capitalista. No cenário eleitoral, esse quadro se mostra nas figuras de Lula e de Jair Bolsonaro, principais figuras políticas de ambos os polos, sendo Lula o candidato dos trabalhadores, e Bolsonaro o candidato do golpe, da burguesia, ainda que um candidato inconveniente para ela.

Numa situação como essa o abutre Ciro Gomes, homem do PDT, partido golpista de verniz esquerdista, buscando seu lugar ao sol, deu com a língua nos dentes e revelou o que já era óbvio, entra nas eleições sempre como candidato da burguesia para enfraquecer o PT. Disse o político: “[…] a minha tarefa é necessariamente derrotar o PT no primeiro turno”. O Partido dos Trabalhadores é o maior partido político do país, e Lula a maior liderança popular no Brasil atualmente, a justificativa apresentada pelo golpista enrustido é de que o PT seria incapaz de derrotar Bolsonaro no segundo turno, isso após a vitória da besta-fera fascista ser garantida apenas com a fraude em 2018 que impediu Lula de concorrer, ou seja, a colocação é uma farsa e visa enfraquecer o campo dos trabalhadores.

Após esse showzinho do abutre golpista, Fernando Haddad veio a público afirmando corretamente que Ciro Gomes é um homem da direita, um candidato oposto aos interesses dos trabalhadores. Contudo, como bom esquerdista pequeno-burguês, ao comentar as eleições de 2022 se tornou menos exato em suas colocações. Falou que ideias e projetos devem ser debatidos e até lá “naturalmente vão surgir” os nomes das candidaturas. Ora, a posição dos trabalhadores já está dada, o candidato da população é Luís Inácio Lula da Silva, e não qualquer política carreirista e direitista escolhido “naturalmente” pela burocracia partidária de qualquer partido em consonância com o que permitir a burguesia.

A burguesia, não vai permitir a candidatura de Lula, pois ele representa um retrocesso ao golpe de Estado de 2016. Se é assim, a proposta dos trabalhadores é uma, defender a sua política, defender os direitos políticos de Lula, único candidato dos trabalhadores capaz de fazer recuar a direita golpista, e o regime político do golpe de Estado. Portanto, a política correta para o momento é afirmar categoricamente, o candidato é Lula, quer ele queira quer não queira, quer a burguesia queira quer não queira. Os interesses em jogo são os da classe trabalhadora de conjunto, não os de um indivíduo, de uma burocracia partidária ou da classe inimiga, a burguesia.

Dando seguimento à campanha de confusão, Haddad falou numa aliança “apenas” no segundo turno contra Bolsonaro. Não foi explícito com a colocação, reproduzida aqui:

“Para derrotar o Bolsonaro temos que ter um pacto de todo mundo que é oposição ao apoiar quem for para o segundo turno. Esse é o pacto que tem que ser feito. E não o que foi feito em 2018, quando cada um foi para um lado e deixou o Bolsonaro ganhar.”

Mas deixou a entender que todos os “oposicionistas” à política do presidente fascista deveriam se agrupar num segundo turno. Aqui é importante frisar o seguinte, a direita não é contra Bolsonaro, porque a burguesia não é contra Bolsonaro. Entre a esquerda e o fascismo, a burguesia abraçou o fascismo todas as vezes ao longo da história. A direita “democrática” deu o golpe, os abutres da esquerda, como Ciro Gomes, nada fizeram para impedir e, pior que isso, trabalharam – e continuam trabalhando – pela continuidade deste regime, como afirmou o próprio Ciro Gomes.

Para ocultar a prisão ilegal de Lula, falam em “novas lideranças da esquerda” enquanto a maior liderança popular do país se encontrava encarcerada, como Marcelo Freixo que afirmou que “Lula não unifica”, trabalharam contra a candidatura de Lula em 2018, usando da mesma demagogia de “novos nomes”. Nesse sentido, a política dos trabalhadores deve ser firme: é Lula ou nada! Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula candidato! Lula presidente!

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