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Haddad, o neoliberal? Em entrevista, ex-candidato defende “novas formas de trabalho”, sem carteira assinada e sem salário

Na semana passada, durante entrevista para um canal no Youtube, o ex-presidenciavel Fernando Haddad deu uma série de declarações a respeito da situação política e econômica nacional. A entrevista que foi ao ar ao vivo na TV247, gerou muita polêmica devido ao fato de o petista defender de forma direta e indireta pautas declaradamente neoliberais, além de se esquivar de debates importantes a respeito do avanço do Golpe de Estado no Brasil.

De acordo com o ex-presidenciável e representante oficial da ala direita do Partido dos Trabalhadores defendeu a chamada “modernização do trabalho” contra aquilo que ele caracterizou como “formas arcaicas”. Traduzindo para o bom português, o que Haddad quer dizer é a classe operária e suas organizações (sindicatos, partidos, associações, etc.) devem abandonar a luta pelo trabalho com carteira assinada e pelas garantias asseguradas na legislação trabalhista brasileira, substituindo isso pelo trabalho informal, pela terceirização e pelo chamado “empreendedorismo”. Cabe ressaltar que o tal empreendedorismo é um termo irônico utilizado pela imprensa burguesa para se refirmar as formas de trabalho cada vez mais precarizadas, é uma verdadeira enganação que tenta convencer a classe trabalhadora de que as saídas para a crise econômica do capitalismo se encontram na força de vontade daqueles que não encontram emprego em l.ugar algum.

O apoio, direto e indireto, de Fernando Haddad àquilo que os golpistas chamam de modernização da economia é na verdade apoio à destruição cada vez mais profunda de todos os direitos e garantias que os trabalhadores possuem, é o apoio às reformas neoliberais propostas pelos bolsonaristas que querem levar adiante uma entrega cada vez maior da economia nacional para os grandes capitalistas, sobretudo os imperialistas. A crise econômica que atinge o país não tem relação alguma com nenhum suposto atraso do mercado de trabalho, a culpa da crise é dos capitalistas e não dos direitos adquiridos pela classe operária.

A entrevista de Haddad deixa claro que a campanha de defesa da classe trabalhadora feita por ele e pela ala direita do PT não passava de demagogia e que tais setores não tem nenhum compromisso real com os trabalhadores e seus interesses mais elementares. A defesa do emprego, do salário e de todas as garantias dos trabalhadores é parte indispensável de qualquer programa de esquerda e deve ser levada adiante em oposição direta às medidas dos golpistas e da extrema direita que pretende provocar uma destruição generalizada das condições de vida da classe operária brasileira.

Além de ser a favor da política neoliberal dos bolsonaristas Haddad ainda afirmou que irá buscar “dialogar” cada vez mais com partidos golpistas e oportunistas, como é o caso do PSB e do PDT que não tem compromisso nenhum com a luta da classe operária, mas que estão intimamente ligados ao regime político golpista. Essas declarações e as ações de conjunto da ala direita do PT são uma tentativa desses grupos de se adaptar cada vez mais profundamente ao regime político que teve origem com o Golpe de Estado que depôs ilegalmente a presidenta Dilma em 2016.

Vale lembrar também que de forma totalmente capituladora, Fernando Haddad desejou boa sorte para o presidente fascista eleito pela fraude eleitoral, Jair Bolsonaro. Agora, o “professor” e mestre em demagogia vai além e assume, como sendo de esquerda, as proposições econômicas neoliberais, o que é uma total vergonha para qualquer elemento que se pretenda ligado à classe trabalhadora.

É preciso combater e denunciar toda e qualquer tentativa destes setores de aproximar a esquerda da direita, seja através indiretamente através do apoio à uma política neoliberal, seja de forma direta por meia de alianças com forças políticas golpistas. É preciso diferenciar os interesses da classe operária, e do conjunto da população, da política da extrema-direita e dos golpistas e combater as reformas já anunciadas pelo governo que são, na verdade, ataques diretos às condições de vida do povo.

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