Há 55 anos, em maio de 1966, iniciava a Revolução Cultural na China. Essa revolução é conhecida como “Revolução dentro da Revolução”. Quer dizer, foi um processo de luta contra os setores burocráticos e burgueses que estavam tomando posse do regime. Nesse sentido, foi promovida uma intensa luta de oposição a setores reacionários, incluindo as religiões antigas presentes na China.
A organização chamada de Grupo de Revolução Cultural, uniu setores operários e, principalmente, da juventude na militância da chamada Revolução Cultural. Esse nome foi atribuído ao ocorrido devido a forte oposição do movimento contra os costumes reacionários presentes na China, os quais eram elementos históricos da China imperial. O saudosismo do império, nesse período, passou a ser uma tradição dos setores conservadores da sociedade.
Apesar do nome, a principal expressão da Revolução foi a organização operária denominada Guardas Vermelhas. A formação de Comitês revolucionários em 1967 também foi um elemento importante da revolução. Nesse sentido, é preciso dizer que o nome de “guarda” representava, de fato, uma ação violenta que se dirigia contra todos os setores revisionistas e reacionários da China revolucionária. Em meio a luta, portanto, Mao Tsé Tung foi restituído ao posto maior do governo, momento no qual lançou o seu livro de ditos “Pequeno Livro Vermelho”.
A revolução vai consolidar o poder de Mao até a sua morte, em 1976. Nessa ano ocorre o julgamento do Bando dos Quatro, grupo político que contem a esposa de Mao. O bando é preso no mesmo ano, dando inicio ao golpe de Estado que põe o poder chinês nas mão de um setor político que vai reverter os efeitos da Revolução Cultural restabelecendo aos poucos as relações capitalistas no país. Esse processo reacionário vai culminar na criação do chamado socialismo de mercado por Deng Xiaoping, uma restauração velada do capitalismo.