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08/03/1911

Há 110 anos mulheres intensificavam lutavam pelo voto feminino

Resultado de uma enorme e árdua luta política travada nas ruas, com greves, piquetes, ocupações e enfrentamentos, foi decisiva para a organização política das mulheres

Há 110 anos tem início a luta das mulheres pelo direito a participação na política, que perdurou todo o século XX. A conquista do direito de voto pelas mulheres foi resultado de uma enorme e árdua luta política, travada nas ruas, com greves e piquetes, ocupações e enfrentamentos que levaram muitas mulheres a prisão e até a morte.

Essa vitória foi alcançada por meio da organização das mulheres, conhecidas mundialmente como sufragistas, que ao lado das mobilizações das mulheres operárias, direcionaram assertivamente a luta para obtenção do direito ao voto. As sufragistas criaram organizações de mulheres como: a Women’s Social and Political Union (União Nacional pelo Sufrágio Feminino), em 1903, na Inglaterra fundado por Emmeline Pankhurst (1858-1928); a National American Woman Suffrage Association (NAWSA) em 1869 e o National Woman’s Party (Partido Nacional das Mulheres), em 1916, ambas nos Estados Unidos da América.

O primeiro país a permitir o sufrágio feminino foi a Nova Zelândia, em 1892. Na Inglaterra, o direito foi conquistado depois da primeira guerra, em 1918. Nos EUA, onde a luta também foi intensa, só em 1920. Na França apenas em 1944 as mulheres puderam votar, e no Brasil em 1932. Aqui, o voto foi incorporado à Constituição de 1934, apenas como facultativo, porém o voto feminino equiparou-se ao dos homens somente com o Código Eleitoral de 1965.

No ano de 1911 ocorreram diversos eventos significativos para a luta da mulher. Como a primeira comemoração do dia internacional da mulher, organizada pelo Secretariado Feminino da II Internacional, no dia 19 de março na Alemanha, Dinamarca, Áustria, Suíça, EUA e vários outros países europeus. A manifestação reuniu 1 milhão de mulheres em todo o mundo, tornando-se um gigantesco movimento de massas, pela reivindicação não só do direito de voto, mas como também o de ocupar cargos públicos, direito ao trabalho, treinamento profissional, fim da discriminação nos locais de trabalho, etc.

O 8 de março, dia internacional da mulher, marca apenas uma das grandes iniciativas da classe operária mundial, que sobre a influência do socialismo, a partir do direito ao voto, abriu caminho para uma série de conquistas para mulheres.

O ápice destas conquistas se deu com a vitória da Revolução Russa de 1917, sendo determinante na luta da emancipação das mulheres em outros países. A revolução que inaugurou a ditadura do proletariado foi, sem dúvidas, também a maior conquista que as mulheres de todo o mundo jamais obtiveram em toda a história da humanidade na luta pela sua libertação.

A revolução possibilitou mudanças fundamentais na situação da mulher soviética, como o direito integral ao divórcio; ao aborto gratuito; a não distinção entre os filhos nascidos de uma união legal e os filhos ditos “ilegítimos”; a total igualdade jurídica entre os homens e mulheres, com direitos políticos integrais; o incentivo à sua elevação cultural; a proibição da discriminação sexual.

A política revolucionária da União Soviética em defesa da mulher, ganhou adeptas no mundo todo estimulando o movimento de milhares de mulheres que entravam em massa no mercado de trabalho, tornando-se politicamente a referência mundial de luta pelos direitos da mulher. Infelizmente, a legislação a favor da mulher soviética foi aos poucos revogada, com a vitória da burocracia stalinista contrarrevolucionária.

A burguesia imperialista para conseguir submeter a mulher a uma situação de exploração, promoveu e vem promovendo o retrocesso das conquistas sociais históricas da mulher. O direto ao voto não resolveu o problema da participação política das mulheres, nem de seus outros direitos sociais e econômicos. O caminho para a emancipação da mulher, a exemplo das sufragistas, das mulheres operarias e camponesas, se dará na organização de um movimento de luta, nas ruas.

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