No marco da luta política entre o imperialismo e a classe operária, no início do século passado, surgiu uma organização intermediária entre a II Internacional Socialista, que havia capitulado diante da 1ª Guerra Mundial – apoiando as burguesias de seus países contra os demais – e a III Internacional, surgida com a Revolução Russa. Tal organização ficou conhecida como a “Internacional II e 1/2”.
Oficialmente União de Partidos Socialistas para a Ação Internacional (UPSAI), tratava-se de um grupo de partidos socialistas e social-democratas centristas, que tinha como política se colocar como uma espécie de “3ª via”. Nem apoiar a II Internacional capituladora, nem apoiar a III Internacional, liderada pelos bolcheviques. Esta posição centrista foi o que lhe garantiu o termo “Internacional 2 e meia” ou Internacional de Viena, dado que fora fundada numa reunião em 27 de fevereiro de 1921 em Viena, capital da Áustria.
Sua primeira reunião (1921) contou com 10 partidos, entre eles: o Partido Social-Democrata Independente da Alemanha, a Seção Francesa da Internacional Operária da França, o Partido Trabalhista Independente do Reino Unido, o Partido Socialista Suíço, o Partido Socialista Independente da Romênia e o Partido Social-Democrata da Áustria. Em abril de 1921, o (PSOE) Partido Socialista Operário Espanhol se integrou ao agrupamento.
Era uma organização internacional de partidos e grupos socialistas centristas, que sob a pressão das massas abandonaram a II Internacional desmoralizada diante da sua política em apoio à guerra. Por sua vez, os bolcheviques e demais revolucionários lutaram contra a guerra, e não pelo posicionamento chauvinista da II Internacional de defesa de seus próprios países beligerantes contra outros países (a classe operária de um país contra classe operária de outro país). Logo, os bolcheviques e outros grupos, como a ala de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht na social-democracia alemã, romperam com a II Internacional e em 1919 fundaram a III Internacional.
A Internacional II e 1/2 também ficou conhecida como Internacional de Viena porque sua fundação foi na capital austríaca. Seus líderes criticavam a II Internacional apenas da boca para fora, mas praticavam a mesma política, política oportunista e divisionista da classe operária em torno a todos os problemas mais importantes do movimento operário e utilizavam a Internacional II e 1/2 para tentar contrapor a crescente influência dos bolcheviques sobre a classe operária internacional. Dissolveu-se em 1923 ao fundir-se com a II Internacional para criar a Internacional Operária e Socialista. Teve como secretario-geral Friedrich Adler.