Da redação – De acordo com a matéria divulgada hoje, dia 15 de outubro, no site “Catraca Livre”, o ator Guilherme de Pádua declarou ontem, dia 14, o seu apoio à Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL.
Vale lembrar que, em 1992, ele assassinou Daniella Perez, filha da conhecida dramaturga Glória Perez. Na época, Daniella fazia parte do elenco da novela “De Corpo e Alma”, exibida pela Rede Globo, e interpretava a personagem “Yasmin”. Guilherme também era do elenco e fazia um par romântico com ela. Ele queria se aproveitar da proximidade que tinha com a filha da autora da novela para ter certo destaque na trama. Como a atuação dele junto ao seu par não teria a relevância que ele queria, assediou e assassinou Daniella à punhaladas. A notícia da morte dela gerou forte comoção e grande repercussão em todos os principais meios de imprensa à nível nacional, tendo a notícia sido divulgada inclusive no exterior, dada a brutalidade com a qual o crime ocorreu.
Agora, Guilherme de Pádua se apresenta como um eleitor com uma linha ideológica “centrista” e “moderada”, e segundo ele, quem decidirá as eleições não serão “os radicais, nem de direita, nem de esquerda”. Serão os “moderados” é que “farão um país melhor e pacificado”. Ele ainda alega que Bolsonaro não irá perseguir os grupos mais explorados e oprimidos da classe trabalhadora, como os homossexuais e os negros, e que são os ditos “radicais” é que estão colocando essas “loucuras” na cabeça das pessoas.
É preciso se atentar para o cinismo da Direita de um modo geral, como também dos bolsonaristas, que se dizem defensores da “moral” e dos “bons costumes”, quando, na verdade, muitos dos apoiadores de Bolsonaro estão envolvidos em casos de estupro, agressão de mulheres, envolvimento com o crime organizado, etc.
Tudo isso precisa ser denunciado e combatido, sem cair no discurso vazio do “combate à corrupção”, como fizeram alguns setores da esquerda pequeno-burguesa. É necessário denunciar a farsa das Eleições, com a compreensão de que elas não são, de modo nenhum, um meio de derrotar o Golpe de Estado e garantir as conquistas dos trabalhadores e de todo o povo. O caminho é a ampla mobilização contra o Golpe, formar comitês de auto-defesa, para combater de forma efetiva o Golpe e o avanço do fascismo.