Atirar no povo ao sobrevoar de helicóptero comunidades da periferia do Rio de Janeiro se tornou o modus operandi da polícia no governo fascista de Wilson Witzel (PSL). Nesta quarta (18), mais comunidades foram vítimas do terrorismo de Estado.
Era manhã quando o Complexo do Alemão foi surpreendido por disparos de fuzil contra os moradores. Isso um dia após a mesma ação da polícia ter ocorrido na favela do Jacarezinho. O argumento é sempre a mesma desculpa esfarrapada de combate ao tráfico de drogas. Os policiais invadem a comunidade, supostamente trocam tiros, mas apenas as pessoas da favela morrem. Neste caso foram cinco pessoas, dentre elas um mototaxista, no entanto, segundo a versão da PM, todas as vítimas são suspeitas de envolvimento com o tráfico. Além de terem matado cinco pessoas, os agentes ainda estão oprimindo os moradores da favela ao fazerem revistas em quem entra e sai da comunidade.
A operação assassina da polícia também resultou na suspensão de aulas em 14 creches e escolas e no corte de energia em várias regiões da comunidade devido aos disparos que atingiram transformadores de energia. Como se não bastasse, no período da tarde a polícia seguiu aterrorizando a população, dessa vez favela da Maré, com tiros contra a Escola Municipal Wilian Peixoto, também de um helicóptero da Polícia Civil. Segundo relato de uma testemunha, dado a um veículo da imprensa capitalista: “As crianças estavam brincando. O helicóptero passou, e todas começaram a correr. Aí meteram tiros.”
Essa é mais uma prova da barbárie da extrema direita contra a população e que mostra à necessidade, urgente, do povo pobre se organizar para fazer frente à política de extermínio da extrema-direita genocida.
Os partidos de esquerda que se reivindicam populares, os movimentos sociais, devem se levantar contra a política de extermínio da população pobre e mobilizar todos os oprimidos em uma grande mobilização popular. Mais do que nunca é necessário uma campanha pela dissolução da polícia assassina e para por para fora o algoz da população do Rio de Janeiro, o fascista Witzel.